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Preços ao produtor brasileiro sobem 1,38% em abril, diz IBGE

A variação foi a maior desde novembro de 2010, quando atingiu 1,43%

A economia brasileira vem mostrando dificuldades em apresentar sinais consistentes de crescimento, sobretudo na indústria (Stock Exchange)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2012 às 09h40.

Rio de Janeiro - O índice de preços ao produtor calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu 1,38 por cento em abril, após alta de 1,04 por cento em março. A variação foi a maior desde novembro de 2010, quando atingiu 1,43 por cento.

O IBGE revisou o dado de março depois de anunciar anteriormente alta de 1,05 por cento.

Em abril de 2011, o índice havia registrado elevação de 0,28 por cento, e no acumulado em 12 meses os preços registram alta de 2,47 por cento no mês passado.

Em abril, 21 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços. As maiores variações de abril em relação a março ocorreram em fumo (7,95 por cento), impressão (3,10 por cento), alimentos (2,81 por cento) e outros produtos químicos (2,78 por cento).

As maiores influências sobre o indicador em abril foram alimentos (0,53 ponto percentual), outros produtos químicos (0,30 ponto), refino de petróleo e produtos de álcool (0,15 ponto) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,07 ponto).

Na comparação com o mesmo mês de 2011, as maiores variações de preços ocorreram em fumo (18,17 por cento), calçados e artigos de couro (15,14 por cento), bebidas (10,76 por cento) e outros equipamentos de transporte (10,59 por cento).

As principais influências na comparação de abril contra o mesmo mês do ano anterior vieram de alimentos (1,39 ponto percentual), veículos automotores (0,35 ponto), bebidas (0,28 ponto) e metalurgia (-0,26 ponto).

O índice mede os preços "na porta das fábricas" e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor.

Indicadores recentes de preços vinham mostrando que a inflação estava perdendo força. Por exemplo, o IPCA-15 -considerado uma prévia da inflação oficial- registrou alta de 0,51 por cento em maio, abaixo do esperado pelo mercado.

A economia brasileira vem mostrando dificuldades em apresentar sinais consistentes de crescimento, sobretudo na indústria, mesmo diante das recentes medidas do governo de estímulo fiscal e monetário, mas acaba tirando uma parte da pressão inflacionária.

O próprio governo já reconheceu que a economia brasileira não começou bem este ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou à Reuters que o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano vai ter expansão entre 3 e 4 por cento, abaixo da previsão inicial do governo de 4,5 por cento.

Esse cenário abre espaço para mais estímulos monetários. Nesta quarta-feira, Comitê de Política Monetária divulgará sua decisão sobre a Selic, atualmente em 9 por cento ao ano, e a expectativa do mercado é de um corte de 0,50 ponto percentual, atingindo o menor nível histórico, segundo pesquisa da Reuters.

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Rio de Janeiro - O índice de preços ao produtor calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu 1,38 por cento em abril, após alta de 1,04 por cento em março. A variação foi a maior desde novembro de 2010, quando atingiu 1,43 por cento.

O IBGE revisou o dado de março depois de anunciar anteriormente alta de 1,05 por cento.

Em abril de 2011, o índice havia registrado elevação de 0,28 por cento, e no acumulado em 12 meses os preços registram alta de 2,47 por cento no mês passado.

Em abril, 21 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços. As maiores variações de abril em relação a março ocorreram em fumo (7,95 por cento), impressão (3,10 por cento), alimentos (2,81 por cento) e outros produtos químicos (2,78 por cento).

As maiores influências sobre o indicador em abril foram alimentos (0,53 ponto percentual), outros produtos químicos (0,30 ponto), refino de petróleo e produtos de álcool (0,15 ponto) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,07 ponto).

Na comparação com o mesmo mês de 2011, as maiores variações de preços ocorreram em fumo (18,17 por cento), calçados e artigos de couro (15,14 por cento), bebidas (10,76 por cento) e outros equipamentos de transporte (10,59 por cento).

As principais influências na comparação de abril contra o mesmo mês do ano anterior vieram de alimentos (1,39 ponto percentual), veículos automotores (0,35 ponto), bebidas (0,28 ponto) e metalurgia (-0,26 ponto).

O índice mede os preços "na porta das fábricas" e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor.

Indicadores recentes de preços vinham mostrando que a inflação estava perdendo força. Por exemplo, o IPCA-15 -considerado uma prévia da inflação oficial- registrou alta de 0,51 por cento em maio, abaixo do esperado pelo mercado.

A economia brasileira vem mostrando dificuldades em apresentar sinais consistentes de crescimento, sobretudo na indústria, mesmo diante das recentes medidas do governo de estímulo fiscal e monetário, mas acaba tirando uma parte da pressão inflacionária.

O próprio governo já reconheceu que a economia brasileira não começou bem este ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou à Reuters que o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano vai ter expansão entre 3 e 4 por cento, abaixo da previsão inicial do governo de 4,5 por cento.

Esse cenário abre espaço para mais estímulos monetários. Nesta quarta-feira, Comitê de Política Monetária divulgará sua decisão sobre a Selic, atualmente em 9 por cento ao ano, e a expectativa do mercado é de um corte de 0,50 ponto percentual, atingindo o menor nível histórico, segundo pesquisa da Reuters.

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