Preço baixo de bem durável impulsiona varejo, diz IBGE
Apesar da restrição ao crédito, vendas seguem em alta em áreas com deflação
Da Redação
Publicado em 11 de agosto de 2011 às 13h13.
Rio - Os preços em baixa de bens duráveis, como eletrodomésticos, microcomputadores e automóveis, vêm impulsionando as vendas do varejo, mesmo após as medidas de contenção ao crédito e aumento das taxas de juros. "As atividades nas quais há deflação vêm crescendo (nas vendas), mesmo com as restrições do crédito", disse o gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Reinaldo Pereira. "O preço vem beneficiando o comércio".
A atividade de Móveis e eletrodomésticos registrou alta de 16,3% no volume de vendas em relação a junho do ano passado, sendo responsável pela principal contribuição (37%) do resultado das vendas do varejo no período, que foi de 7,1%. No acumulado do ano, a taxa foi de 17,7% e nos últimos 12 meses, de 17,1%. O bom resultado é explicado pela manutenção do crescimento do emprego e do rendimento, assim como pela queda dos preços dos eletrodomésticos. Os aparelhos eletrônicos ficaram 5,8% mais baratos nos últimos 12 meses, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 13,2% em relação a junho de 2010, acumulando no semestre e nos últimos doze meses variações de 12,1% e 14,2%, respectivamente. A redução de preços dos veículos novos, de 3,8% em 12 meses pelo IPCA, em função da concorrência, também impulsionou as vendas.
"Observando o prazo de um ano, verificamos que os preços vêm beneficiando a venda dos produtos dessas atividades e isso fazendo com que o comércio como um todo apresente resultados positivos, inclusive no caso da análise trimestral, esse segundo trimestre foi melhor do que o primeiro trimestre de 2011".
Outro setor beneficiado pelos preços mais baixos é o de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo quarto maior impacto na formação da taxa global de vendas no varejo (13%). Houve aumento de 34,3% no volume de vendas em junho, na comparação com igual mês do ano anterior, e taxas acumuladas no semestre de 14,6% e nos últimos 12 meses de 18,7%. Trata-se da atividade com o maior patamar de crescimento em junho ante maio, de 9,1%. A redução de preços foi de 13,6% para microcomputadores e de 6,1% em aparelhos telefônicos, nos últimos 12 meses, segundo o IPCA.
"Além de você ter câmbio influenciando - a maior parte dos componentes é importada, quando não o produto inteiro -, no caso da informática ainda tem o incentivo governamental com redução de imposto para a venda de microcomputadores para a diminuição da exclusão digital, para que as pessoas de baixa renda tenham acesso à internet. É uma coisa que também influencia para baixo o preço", disse o gerente do IBGE.
Alimentos
Em um comportamento distinto ao de automóveis, eletroeletrônicos e outros produtos impulsionados por preços mais baixos, os valores mais altos dos alimentos travaram o ritmo de vendas da atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. A queda foi de 0,1% em junho ante maio. Mas o grupo ainda registrou um aumento de 2,7% no volume de vendas em junho, sobre igual mês de 2010, a segunda maior contribuição da taxa do varejo (18%), influenciado pelo aumento do poder de compra da população.
No entanto, o resultado abaixo da média é causado pelo aumento de 8,0% nos preços do grupo Alimentação no Domicílio, no período de 12 meses, contra uma inflação de 6,7% medida pelo IPCA. Nos primeiros seis meses do ano, a atividade de hipermercados apresentou crescimento de 3,9% e nos últimos 12 meses, variação de 5,8%.
"Os preços da alimentação aumentaram muito no início do ano. Agora é que estão começando a recuar. Então isso pode ter segurado um pouco a atividade de hipermercado", analisou Pereira.
Rio - Os preços em baixa de bens duráveis, como eletrodomésticos, microcomputadores e automóveis, vêm impulsionando as vendas do varejo, mesmo após as medidas de contenção ao crédito e aumento das taxas de juros. "As atividades nas quais há deflação vêm crescendo (nas vendas), mesmo com as restrições do crédito", disse o gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Reinaldo Pereira. "O preço vem beneficiando o comércio".
A atividade de Móveis e eletrodomésticos registrou alta de 16,3% no volume de vendas em relação a junho do ano passado, sendo responsável pela principal contribuição (37%) do resultado das vendas do varejo no período, que foi de 7,1%. No acumulado do ano, a taxa foi de 17,7% e nos últimos 12 meses, de 17,1%. O bom resultado é explicado pela manutenção do crescimento do emprego e do rendimento, assim como pela queda dos preços dos eletrodomésticos. Os aparelhos eletrônicos ficaram 5,8% mais baratos nos últimos 12 meses, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 13,2% em relação a junho de 2010, acumulando no semestre e nos últimos doze meses variações de 12,1% e 14,2%, respectivamente. A redução de preços dos veículos novos, de 3,8% em 12 meses pelo IPCA, em função da concorrência, também impulsionou as vendas.
"Observando o prazo de um ano, verificamos que os preços vêm beneficiando a venda dos produtos dessas atividades e isso fazendo com que o comércio como um todo apresente resultados positivos, inclusive no caso da análise trimestral, esse segundo trimestre foi melhor do que o primeiro trimestre de 2011".
Outro setor beneficiado pelos preços mais baixos é o de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo quarto maior impacto na formação da taxa global de vendas no varejo (13%). Houve aumento de 34,3% no volume de vendas em junho, na comparação com igual mês do ano anterior, e taxas acumuladas no semestre de 14,6% e nos últimos 12 meses de 18,7%. Trata-se da atividade com o maior patamar de crescimento em junho ante maio, de 9,1%. A redução de preços foi de 13,6% para microcomputadores e de 6,1% em aparelhos telefônicos, nos últimos 12 meses, segundo o IPCA.
"Além de você ter câmbio influenciando - a maior parte dos componentes é importada, quando não o produto inteiro -, no caso da informática ainda tem o incentivo governamental com redução de imposto para a venda de microcomputadores para a diminuição da exclusão digital, para que as pessoas de baixa renda tenham acesso à internet. É uma coisa que também influencia para baixo o preço", disse o gerente do IBGE.
Alimentos
Em um comportamento distinto ao de automóveis, eletroeletrônicos e outros produtos impulsionados por preços mais baixos, os valores mais altos dos alimentos travaram o ritmo de vendas da atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. A queda foi de 0,1% em junho ante maio. Mas o grupo ainda registrou um aumento de 2,7% no volume de vendas em junho, sobre igual mês de 2010, a segunda maior contribuição da taxa do varejo (18%), influenciado pelo aumento do poder de compra da população.
No entanto, o resultado abaixo da média é causado pelo aumento de 8,0% nos preços do grupo Alimentação no Domicílio, no período de 12 meses, contra uma inflação de 6,7% medida pelo IPCA. Nos primeiros seis meses do ano, a atividade de hipermercados apresentou crescimento de 3,9% e nos últimos 12 meses, variação de 5,8%.
"Os preços da alimentação aumentaram muito no início do ano. Agora é que estão começando a recuar. Então isso pode ter segurado um pouco a atividade de hipermercado", analisou Pereira.