Economia

Poupança tem saque líquido de R$ 6,592 bilhões em maio

Segundo dados do Banco Central, a retirada é a maior em 21 anos para o mês - o pior resultado até então havia sido computado no ano passado, de R$ 3,199 bilhões


	Poupança: de acordo com o BC, o total de aplicações no mês passado foi de R$ 160,931 bilhões e o de saques, de R$ 167,522 bilhões
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Poupança: de acordo com o BC, o total de aplicações no mês passado foi de R$ 160,931 bilhões e o de saques, de R$ 167,522 bilhões (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2016 às 16h10.

Brasília - O volume de recursos que os investidores sacaram da caderneta de poupança em maio, já descontadas as aplicações, foi de R$ 6,592 bilhões.

Segundo dados do Banco Central, a retirada é a maior em 21 anos para o mês - o pior resultado até então havia sido computado no ano passado, de R$ 3,199 bilhões.

Com isso, o resultado de maio é o quinto pior da série histórica do BC iniciada em 1995. Em janeiro deste ano, os saques superaram os depósitos em R$ 12,032 bilhões.

Em março de 2015, o saldo ficou negativo em R$ 11,438 bilhões e em abril deste ano em R$ 8,246 bilhões. Em fevereiro de 2016, as retiradas ficaram R$ 6,639 bilhões maiores do que as captações.

De acordo com o BC, o total de aplicações no mês passado foi de R$ 160,931 bilhões e o de saques, de R$ 167,522 bilhões.

O estoque desse investimento está em R$ 637,865 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 3,969 bilhões de maio. Mais uma vez, o patrimônio da caderneta recuou - a sétima queda consecutiva desde novembro de 2015.

O desempenho no mês passado só não foi pior porque no último dia útil de maio ingressaram R$ 3,229 bilhões na caderneta. Até o dia 30, a conta estava negativa em R$ 9,821 bilhões.

Esse movimento de arrecadação nos últimos dias é tradicional e ocorre com aumento dos depósitos por causa de aplicações automáticas da conta corrente que alguns investidores já deixam programadas para ocorrer.

A contínua e acentuada deterioração da caderneta se dá por conta da piora do cenário econômico, com a alta da inflação e do aumento do desemprego.

Além disso, outros investimentos se tornaram mais atrativos ao apresentarem rentabilidade maior. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) - esse cálculo vale para quando a taxa básica de juros (Selic) está acima de 8,5% ao ano e atualmente está em 14,25% ao ano.

No acumulado do ano, o saque na poupança chega a R$ 38,888 bilhões - o maior para o período nos últimos 21 anos. Esse resultado é formado por depósitos de R$ 780,592 bilhões e retiradas de R$ 819,481 bilhões.

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