Economia

Poupança tem melhor agosto da série histórica, com entrada de R$5,863 bi

Até então, o maior ingresso havia sido registrado em agosto de 2013, quando foram captados 4,646 bilhões de reais

Poupança: O dado de agosto também foi o mais forte registrado neste ano (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Poupança: O dado de agosto também foi o mais forte registrado neste ano (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

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Reuters

Publicado em 6 de setembro de 2018 às 19h19.

Brasília - A caderneta de poupança registrou entrada líquida de 5,863 bilhões de reais em agosto, divulgou o Banco Central nesta quinta-feira, sexto desempenho mensal positivo consecutivo e o melhor para o mês da série histórica iniciada em 1995.

Até então, o maior ingresso havia sido registrado em agosto de 2013, quando foram captados 4,646 bilhões de reais.

O dado de agosto também foi o mais forte registrado neste ano.

No mês, os depósitos superaram os saques em 4,405 bilhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto na poupança rural houve entrada de 1,458 bilhão de reais.

No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a poupança soma ingresso líquido de 16,960 bilhões de reais, melhor resultado para o período desde 2013 (+42,252 bilhões de reais). O desempenho vem na esteira da melhor atividade econômica exibida neste ano, embora com menos fôlego que o inicialmente esperado pelo governo.

Contribuindo para a atratividade da poupança, a taxa de juros no Brasil segue em 6,5 por cento ao ano, seu menor patamar histórico, ressaltou o economista da 4E Consultoria, Bruno Lavieri.

"Dado que outras aplicações têm algum risco e é cobrado Imposto de Renda, a poupança deixa de ser uma escolha ruim, principalmente para investimentos de curto prazo", disse.

Lavieri destacou ainda que em um cenário de futuro mais incerto, como o vivido pelo Brasil hoje, a propensão dos investidores a comprar cai, enquanto a disposição a poupar cresce, o que também pode ter ajudado o resultado de agosto.

O mês foi marcado por forte volatilidade e aversão ao risco nos mercados, com o dólar marcando seu maior avanço mensal desde setembro de 2015, de 8,46 por cento, diante das incertezas eleitorais que ainda devem castigar os investidores até que a trilha para o futuro ocupante do Planalto esteja mais clara.

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