Economia

Por clima político, Temer deve desistir de ir ao Fórum de Davos

Apesar de repetir oficialmente que "não interfere" no processo sucessório do Legislativo, o presidente quer acompanhar as negociações de perto

Michel Temer: o presidente já está providenciando uma carta com pedidos de desculpas pela sua ausência (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: o presidente já está providenciando uma carta com pedidos de desculpas pela sua ausência (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de janeiro de 2017 às 11h48.

Brasília - O presidente Michel Temer não deve mais participar do Fórum Econômico Mundial, que ocorrerá de 17 a 20 de janeiro, em Davos, na Suíça, para acompanhar o clima político e o período que antecederá a eleição da Câmara e do Senado, marcadas para o início de fevereiro.

Apesar de repetir oficialmente que "não interfere" no processo sucessório do Legislativo, o presidente quer acompanhar as negociações de perto e garantir que a base não ficará rachada.

O presidente já está até providenciando uma carta com pedidos de desculpas pela sua ausência. O mais provável é que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, represente Temer.

Além do clima político interno, Temer também decidiu não ir por considerar que o encontro estará esvaziado. Será próximo da posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, no dia 20 de janeiro.

Temer também não vai a Washington, já que não há uma tradição de presença de outros chefes de Estado em posses nos EUA.

Em novembro, Temer chegou a indicar aos organizadores do Fórum Econômico Mundial que poderia ir para explicar às principais multinacionais do mundo e aos xerifes da economia internacional quais são seus planos para recolocar o Brasil num caminho de crescimento.

A meta seria a de reconquistar a confiança internacional.

O presidente voltou a Brasília ontem, depois de quatro dias de recesso em uma reserva da marinha no Rio, mas não há previsão de agendas oficiais externas e nem de uma reunião ministerial completa nesta semana, já que muitos ministros estão fora da capital.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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