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Política de relaxamento monetário do Fed evitou deflação

Autoridades norte-americanas querem evitar que a inflação recue muito, gerando problemas semelhantes aos do Japão

Ben Bernanke afirmou que a economia norte-americana foi impactada pelos cortes orçamentários de vários países da Europa (Jonathan Ernst/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 17h48.

Washington - O presidente do Federal Reserve , Ben Bernanke, disse nesta terça-feira que a política de relaxamento monetário do banco central dos EUA não apenas auxiliou o crescimento da economia, como também evitou que o país enfrentasse o problema da deflação.

"Com a inflação em ou abaixo de nossa meta de 2%, nossas políticas também tiveram o efeito de reduzir bastante qualquer risco de deflação", disse Bernanke em depoimento ao Comitê Bancário do Senado.

Embora a deflação não seja um grande problema no momento, o risco fica maior quando a inflação se aproxima de zero, comentou o chefe do Fed. Segundo Bernanke, os formuladores de política querem evitar que a inflação recue muito para evitar o risco de sofrer um problema semelhante ao do Japão, com a deflação prolongada se tornando "uma barreira para o crescimento econômico e estabilidade".

Perguntado sobre o duplo mandato do Fed, Bernanke afirmou que é "muito apropriado" que o Congresso estabeleça os objetivos do Fed.

Com a inflação em nível baixo, Bernanke disse que a política acomodatícia do Fed não precisou trocar a expansão do mercado de trabalho pela inflação.

Sobre a zona do euro, o presidente do Fed comentou que o bloco europeu está em recessão, com alta do desemprego, o que afeta as exportações dos EUA para a região. Por outro lado, os choques econômicos sofridos pelo país em função da crise europeia são menores do que as dos dois últimos anos, disse Bernanke ao comitê.

Respondendo pergunta do senador democrata Jack Reed, Bernanke admitiu que os fortes cortes orçamentários implementados por vários países da Europa tiveram um impacto significativo na economia norte-americana, mas lembrou que as medidas de austeridade não são o único problema no continente. Para ele, a Europa enfrenta uma série de questões estruturais.


Sobre a reação nervosa dos mercados financeiros ao resultado indefinido das eleições gerais na Itália, concluídas ontem, Bernanke disse que os investidores estão reagindo a incertezas, e não a um resultado eleitoral específico.

Bernanke afirmou também que exposição de bancos norte-americanos às dívidas italiana e espanhola é moderada e que uma eventual moratória da Itália não teria grande impacto nos EUA. Ele reconheceu, no entanto, que provavelmente haveria turbulências no mercado com possível consequências econômicas. As informações são da Dow Jones.

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Washington - O presidente do Federal Reserve , Ben Bernanke, disse nesta terça-feira que a política de relaxamento monetário do banco central dos EUA não apenas auxiliou o crescimento da economia, como também evitou que o país enfrentasse o problema da deflação.

"Com a inflação em ou abaixo de nossa meta de 2%, nossas políticas também tiveram o efeito de reduzir bastante qualquer risco de deflação", disse Bernanke em depoimento ao Comitê Bancário do Senado.

Embora a deflação não seja um grande problema no momento, o risco fica maior quando a inflação se aproxima de zero, comentou o chefe do Fed. Segundo Bernanke, os formuladores de política querem evitar que a inflação recue muito para evitar o risco de sofrer um problema semelhante ao do Japão, com a deflação prolongada se tornando "uma barreira para o crescimento econômico e estabilidade".

Perguntado sobre o duplo mandato do Fed, Bernanke afirmou que é "muito apropriado" que o Congresso estabeleça os objetivos do Fed.

Com a inflação em nível baixo, Bernanke disse que a política acomodatícia do Fed não precisou trocar a expansão do mercado de trabalho pela inflação.

Sobre a zona do euro, o presidente do Fed comentou que o bloco europeu está em recessão, com alta do desemprego, o que afeta as exportações dos EUA para a região. Por outro lado, os choques econômicos sofridos pelo país em função da crise europeia são menores do que as dos dois últimos anos, disse Bernanke ao comitê.

Respondendo pergunta do senador democrata Jack Reed, Bernanke admitiu que os fortes cortes orçamentários implementados por vários países da Europa tiveram um impacto significativo na economia norte-americana, mas lembrou que as medidas de austeridade não são o único problema no continente. Para ele, a Europa enfrenta uma série de questões estruturais.


Sobre a reação nervosa dos mercados financeiros ao resultado indefinido das eleições gerais na Itália, concluídas ontem, Bernanke disse que os investidores estão reagindo a incertezas, e não a um resultado eleitoral específico.

Bernanke afirmou também que exposição de bancos norte-americanos às dívidas italiana e espanhola é moderada e que uma eventual moratória da Itália não teria grande impacto nos EUA. Ele reconheceu, no entanto, que provavelmente haveria turbulências no mercado com possível consequências econômicas. As informações são da Dow Jones.

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