Matteo Renzi: o premier viu seus índices de aprovação despencarem ao longo do último ano (Tony Gentile / Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2016 às 11h31.
Roma - O número de pessoas vivendo na pobreza na Itália atingiu o patamar mais alto em uma década em 2015, revelaram nesta quinta-feira dados de um relatório que pode prejudicar o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi.
A quantidade de pessoas na "pobreza absoluta" subiu para 4,6 milhões no ano passado, ou 7,6 por cento da população --eram 6,8 por cento em 2014--, o índice mais alto desde que os registros atuais começaram em 2005, relatou o Instituto Nacional de Estatísticas italiano (Istat).
Renzi, que chegou ao poder em fevereiro de 2014 prometendo recuperar uma economia cronicamente estagnada, viu seus índices de aprovação despencarem ao longo do último ano, já que o crescimento da economia e dos empregos se manteve apático.
O relatório anual sobre pobreza do Istat se choca com a mensagem frequentemente otimista do premiê, composta de tuítes e hashtags como "A Itália está de volta" e "Estamos recuperando a Itália".
O documento é particularmente delicado porque uma crítica comum ao líder de 41 anos é que ele levou seu Partido Democrático, tradicionalmente de centro-esquerda, muito para a direita e perdeu contato com a classe trabalhadora e os pobres.
O Istat define pobreza absoluta como a condição daqueles que não têm condições de adquirir bens e serviços "essenciais para se evitar formas graves de exclusão social".