Economia

PMI industrial do Brasil perde força em junho com produção menor

PMI do setor industrial divulgado pelo IHS Markit caiu a 50,5 em junho de 52,0 no mês anterior, mas permaneceu em patamar de crescimento

PMI industrial: número de novos negócios para o exterior ficou estagnado (Germano Luders/EXAME/Exame)

PMI industrial: número de novos negócios para o exterior ficou estagnado (Germano Luders/EXAME/Exame)

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Reuters

Publicado em 3 de julho de 2017 às 10h18.

São Paulo - O crescimento do setor industrial perdeu força em junho diante de taxas menores de aumento da produção e no volume de novos pedidos, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira.

O PMI do setor industrial divulgado pelo IHS Markit caiu a 50,5 em junho de 52,0 no mês anterior, mas permaneceu acima do nível de 50 que separa crescimento de contração pelo terceiro mês seguido.

O ritmo mais fraco foi registrado em um momento de melhora nas condições da demanda, porém a recuperação foi contida por pressões competitivas e questões políticas.

Os dados "indicam que a indústria deverá ter uma contribuição mais forte para o PIB (no segundo trimestre) do que teve no primeiro trimestre do ano", avaliou a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima.

De acordo com o IHS Markit, quase 23 por cento das empresas relataram volume mais alto de produção, com aumentos nas categorias de bens de consumo e de bens intermediários.

"Os dados indicam que os bens de capital foram a principal fonte de fraqueza, onde uma alta marginal nos livros de encomendas foi insuficiente para levar os produtores a aumentarem a produção", completou Pollyanna.

Já o número de novos negócios para o exterior ficou estagnado, já que o crescimento modesto entre produtores de bens intermediários e de bens de investimento foi compensado pela contração na demanda externa por bens de consumo.

Em meio a isso e a tentativas de redução de custos, o nível de emprego na indústria brasileira sofreu contração em junho, à taxa mais rápida de perda de empregos desde março.

O enfraquecimento do real frente ao dólar, por sua vez, provocou aceleração da inflação após recorde de baixa de 16 meses em maio.

Algumas empresas repassaram essa carga aumentando seus preços, porém o excesso de oferta e as pressões competitivas limitaram esse movimento.

Ainda assim os fabricantes permaneceram otimistas de que o volume de produção crescerá ao longo do próximo ano, diante de lançamentos de novos produtos e de oportunidades para exportação.

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