PMI de serviços cresce em setembro após 4 meses de contrações
PMI do IHS Markit foi a 50,7 em setembro, de 49,0 em agosto, indo pela primeira vez desde abril acima da marca de 50 que indica crescimento
Reuters
Publicado em 4 de outubro de 2017 às 10h08.
São Paulo - O setor de serviços do Brasil voltou a apresentar crescimento em setembro após quatro meses de quedas uma vez que o aumento da demanda gerou novos negócios, de acordo com a pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta-feira.
O PMI do IHS Markit foi a 50,7 em setembro, de 49,0 em agosto, indo pela primeira vez desde abril acima da marca de 50 que indica crescimento.
A indústria também mostrou crescimento em setembro, e com isso o PMI Composto do Brasil também ficou em território de crescimento pela primeira vez em quatro meses ao atingir 51,1, de 49,6 em agosto.
"É animador ver os fornecedores de serviços acompanhando a indústria e registrar crescimento da produção durante setembro. Aumentos dos novos trabalhos pintam um cenário mais positivo em relação à demanda atual no Brasil", destacou a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima.
Setembro foi o terceiro mês em que a quantidade de novos trabalhos no setor de serviços mostrou aumento, sendo o mais forte desde abril, numa recuperação da atividade impulsionada principalmente pelas categorias de Transporte e Armazenamento, Informação e Comunicação, e Finanças e Seguros. Já os subsetores de Serviços ao Consumidor e de Serviços Imobiliários e Empresariais apresentaram declínios.
Apesar do cenário benéfico, as empresas continuaram reduzindo o número de funcionários, porém a taxa de corte foi bem mais fraca do que em agosto, sendo que houve aumento no nível de emprego nos subsetores de Comunicação e de Finanças e Seguros.
Por sua vez os custos de insumos continuaram a aumentar em setembro devido aos preços mais altos dos combustíveis, pressionando as margens de lucros das empresas fornecedoras de serviços. Porém a taxa de inflação de insumos desacelerou em relação ao recorde de sete meses visto em agosto.
Essa pressão, entretanto, foi compensada por custos mais baixos de empréstimos, negociações bem-sucedidas de preços por parte dos clientes e competição por novos trabalhos, fazendo com que os preços de vendas diminuíssem pelo segundo mês seguido.
As perspectivas de produção no próximo ano deixaram as empresas de serviços no Brasil fortemente otimistas em setembro, no nível mais alto em quase quatro anos.
Os entrevistados citaram como motivo as expectativas de melhores condições econômicas, crescimento maior da demanda e novas propostas.