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PMI de Serviços cai para 49,5 pontos em maio, diz IHS Markit

O setor de serviços registrou também redução nos postos de trabalho. É o 39º mês de queda

Serviços: apesar de continuar no território positivo em maio, o dado de novas encomendas abrandou (Luísa Melo/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2018 às 13h26.

Última atualização em 5 de junho de 2018 às 13h45.

São Paulo - O Índice de Gerente de Compras (PMI, da sigla em inglês) do setor de Serviços brasileiro caiu de 50 pontos em abril para 49,5 pontos em maio, informou nesta terça-feira, 5, a IHS Markit. Dessa forma, o PMI Consolidado, que considera também o setor industrial, encerrou o mês a 49,7 pontos ante 50,6 pontos em abril. O recuo do índice composto evidencia a primeira queda na atividade do setor privado no Brasil no último ano.

Segundo a consultoria, o setor de serviços sofreu uma deterioração generalizada em maio, que foi impactado pela greve dos caminhoneiros. A Markit destacou que, no mês passado, houve uma nova queda no número de negócios, uma contração mais rápida no emprego e também dos estoques, ao passo que novos pedidos cresceram no ritmo mais baixo dos últimos quatro meses. "Para segurar contratações novas, as prestadoras de serviço ofereceram descontos, apesar de um pico no custo de inflação", escrevem os analistas.

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Apesar de continuar no território positivo em maio, o dado de novas encomendas deu sinais de arrefecimento. "A alta foi a menor desde janeiro e pode ser considerada apenas modesta", diz a nota. De acordo com os entrevistados, novos negócios cresceram por causa de campanhas de marketing e bases de clientes maiores, mas o crescimento foi prejudicado pela incerteza do mercado.

Mais um vez, o setor de serviços registrou uma redução nos postos de trabalho. É o 39º mês de queda. Apesar do menor número de empregados, os prestadores de serviços conseguiram reduzir trabalhos pendentes. Esse estoque caiu no ritmo mais rápido em quase um ano e meio.

A economista da Markit Pollyana de Lima avalia que a fraqueza da demanda e pressões inflacionárias mais fortes colocaram a economia brasileira em "marcha ré". "Por trás dessa evolução adversa, foram perdidos mais empregos, e as empresas ficaram menos confiantes sobre as perspectivas do ano", escreveu Pollyana. Ela entende que o pivô desse revés foi a fragilidade do setor de serviços, que falhou em ganhar alguma tração com a expansão em fevereiro.

Em maio, diz a economista, os participantes sugeriram que a condições desafiantes de mercado, inadimplência dos clientes e demanda muito fraca levaram muitas empresas ao prejuízo. "Com a greve dos caminhoneiros em todo o País impactando o fornecimento de combustível, assim como de alimentos, saúde, escolas, iremos, provavelmente, ver um rebote nas condições econômicas no futuro próximo", escreve Pollyana.

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