Economia

Expansão do setor industrial do Brasil desacelera

Ritmo de expansão desacelerou em dezembro, em meio a um aumento moderado nos volumes de pedidos recebidos

Funcionários trabalham em linha de montagem de planta da Renault em São José dos Pinhais, Paraná
 (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Funcionários trabalham em linha de montagem de planta da Renault em São José dos Pinhais, Paraná (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 11h29.

São Paulo - O ritmo de expansão do setor industrial brasileiro desacelerou em dezembro, em meio a um aumento moderado nos volumes de pedidos recebidos, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta-feira.

Em dezembro, o PMI compilado pelo instituto Markit atingiu 51,1, ante 52,2 em novembro, permanecendo acima da marca de 50 que separa crescimento de retração pelo terceiro mês seguido.

As últimas leituras do PMI corroboram a perspectiva de que a economia brasileira acelerou o passo no quarto trimestre, embora ainda não de forma suficiente para sustentar a perspectiva de que a recuperação veio para ficar.

Um dos segmentos que vinha mostrando maior dificuldade de recuperação devido à crise mundial, a produção industrial voltou a subir em outubro, avançando 0,9 por cento frente a setembro, embora ainda haja sinais de que os investimentos no setor não estão se recuperando.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulga em 4 de janeiro os dados de novembro sobre a produção industrial.

De acordo com o Markit, as indústrias indicaram aumento no volume de entrada de novos trabalhos no mês passado, na terceira alta mensal seguida, em meio a uma demanda mais forte. Entretanto, a taxa foi apenas moderada e mais lenta do que em novembro, quando havia atingido recorde de alta em 21 meses.

Por outro lado, foi registrado crescimento nas vendas para exportação pela primeira vez em 21 meses, ficando acima da marca de 50 pela primeira vez desde março de 2011.

Menos Funcionários

A atividade de compra também mostrou expansão, pelo segundo mês seguido, em meio à perspectiva de aumentos na demanda, embora o Markit tenha destacado que a taxa desacelerou em relação a novembro.

Em relação aos níveis de emprego, em dezembro 6 por cento dos entrevistados indicaram números mais baixos de funcionários, com relatos de falta de reposição de pessoas que se demitiram.

Ainda assim, os pedidos em atraso diminuíram, embora no ritmo mais lento em quatro meses. Segundo o Markit, os negócios inacabados têm recuado em cada um dos últimos nove meses.

Atualizado às 12h39min.

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