Plantio de soja enfrenta desafio climático no Brasil
Previsões para próximas semanas mostram que pode não haver chuva suficiente para recuperar o nível de umidade do solo em regiões afetadas na temporada passada
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2016 às 15h53.
A próxima safra de soja do Brasil, a segunda maior do mundo, está enfrentando um desafio antes mesmo de os produtores plantarem as primeiras sementes.
As previsões climáticas para as próximas semanas mostram que pode não haver chuva suficiente para recuperar o nível de umidade do solo em regiões afetadas pela seca na temporada passada.
Os produtores devem adiar o plantio para não correrem o risco de obter rendimentos menores semeando a próxima colheita no início da temporada.
A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja) afirmou que está aconselhando os produtores a esperarem as condições certas e a serem mais cautelosos que no ano passado.
“Depois de ter perdido soja para a seca na temporada passada, este ano é decisivo”, disse Endrigo Dalcin, presidente da Aprosoja, em entrevista por telefone.
O momento é crítico para os produtores brasileiros, que plantam duas colheitas por ano -- soja no verão e milho no inverno. Um erro pode custar caro, como ficou demonstrado com os produtores do Mato Grosso que plantaram soja antes do tempo no ano passado e tiveram que replantá-la.
A recorrência de problemas semelhantes neste ano poderia ameaçar a oferta do Brasil, maior exportador mundial de soja. A produção do país na temporada 2016-17 poderia aumentar para o recorde de 102 milhões de toneladas, de acordo com a média das estimativas de cinco analistas consultados pela Bloomberg.
Mas a área de cultivo terá o menor crescimento em uma década, de acordo com a mesma pesquisa, devido à redução das margens agrícolas, à escassez de crédito e ao aumento dos preços do milho, que alguns produtores estão preferindo plantar desta vez em detrimento da soja.
O plantio da soja no Brasil geralmente começa na segunda quinzena de setembro e se intensifica em outubro, época do ano em que algumas das principais regiões produtoras, como o Mato Grosso, provavelmente enfrentarão condições climáticas mais secas que o normal, de acordo com Celso Oliveira, meteorologista da Somar Meteorologia.
Foram observadas chuvas nas últimas semanas na região Centro-Oeste e elas são esperadas durante a primeira quinzena de setembro, mas depois disso só deverão voltar na segunda quinzena de outubro, disse Oliveira em uma entrevista.
Tais condições podem adiar o plantio ou até mesmo fazer com que seja necessário replantar. Também existe o risco de geada em meados de setembro, quando uma frente fria deverá chegar ao sul do Brasil, disse ele.
Meteorologistas como Alexandre Nascimento, do Climatempo, preveem que as condições climáticas desta temporada não serão tão ruins quanto as do ano passado.
Os produtores de soja brasileiros chegaram a perder 6,6 milhões de toneladas da produção na temporada passada por causa da seca e a safra de 2015-16 caiu 0,8 por cento e acabou ficando abaixo das estimativas iniciais, de acordo com a Conab.
A próxima safra de soja do Brasil, a segunda maior do mundo, está enfrentando um desafio antes mesmo de os produtores plantarem as primeiras sementes.
As previsões climáticas para as próximas semanas mostram que pode não haver chuva suficiente para recuperar o nível de umidade do solo em regiões afetadas pela seca na temporada passada.
Os produtores devem adiar o plantio para não correrem o risco de obter rendimentos menores semeando a próxima colheita no início da temporada.
A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja) afirmou que está aconselhando os produtores a esperarem as condições certas e a serem mais cautelosos que no ano passado.
“Depois de ter perdido soja para a seca na temporada passada, este ano é decisivo”, disse Endrigo Dalcin, presidente da Aprosoja, em entrevista por telefone.
O momento é crítico para os produtores brasileiros, que plantam duas colheitas por ano -- soja no verão e milho no inverno. Um erro pode custar caro, como ficou demonstrado com os produtores do Mato Grosso que plantaram soja antes do tempo no ano passado e tiveram que replantá-la.
A recorrência de problemas semelhantes neste ano poderia ameaçar a oferta do Brasil, maior exportador mundial de soja. A produção do país na temporada 2016-17 poderia aumentar para o recorde de 102 milhões de toneladas, de acordo com a média das estimativas de cinco analistas consultados pela Bloomberg.
Mas a área de cultivo terá o menor crescimento em uma década, de acordo com a mesma pesquisa, devido à redução das margens agrícolas, à escassez de crédito e ao aumento dos preços do milho, que alguns produtores estão preferindo plantar desta vez em detrimento da soja.
O plantio da soja no Brasil geralmente começa na segunda quinzena de setembro e se intensifica em outubro, época do ano em que algumas das principais regiões produtoras, como o Mato Grosso, provavelmente enfrentarão condições climáticas mais secas que o normal, de acordo com Celso Oliveira, meteorologista da Somar Meteorologia.
Foram observadas chuvas nas últimas semanas na região Centro-Oeste e elas são esperadas durante a primeira quinzena de setembro, mas depois disso só deverão voltar na segunda quinzena de outubro, disse Oliveira em uma entrevista.
Tais condições podem adiar o plantio ou até mesmo fazer com que seja necessário replantar. Também existe o risco de geada em meados de setembro, quando uma frente fria deverá chegar ao sul do Brasil, disse ele.
Meteorologistas como Alexandre Nascimento, do Climatempo, preveem que as condições climáticas desta temporada não serão tão ruins quanto as do ano passado.
Os produtores de soja brasileiros chegaram a perder 6,6 milhões de toneladas da produção na temporada passada por causa da seca e a safra de 2015-16 caiu 0,8 por cento e acabou ficando abaixo das estimativas iniciais, de acordo com a Conab.