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Planejamento é reforçado para ajudar aceleração do PIB

A presidente decidiu fortalecer o Ministério do Planejamento, dando mais poder à pasta que será comandada por Nelson Barbosa

Nelson Barbosa: o economista assumirá a coordenação de todos os programas de investimento e também de concessões em infraestrutura e logística do governo (Wilson Dias/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 08h38.

Brasília - Ao escolher sua nova equipe econômica, a presidente Dilma Rousseff decidiu fortalecer o Ministério do Planejamento , dando mais poder à pasta que será comandada por Nelson Barbosa .

A partir de janeiro, o economista assumirá a coordenação de todos os programas de investimento e também de concessões em infraestrutura e logística do governo. Muitas dessas iniciativas estão hoje sob o guarda-chuva de monitoramento da Casa Civil.

"Assumirei a coordenação dos programas de investimento do governo federal", afirmou o novo ministro, um economista com perfil desenvolvimentista.

Além do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa Minha Vida, estarão no radar do ministério turbinado o Programa de Infraestrutura e Logística (PIL). E as parcerias público-privadas (PPPs), que já estão lá, deverão ganhar força.

Caberá a Barbosa, portanto, acionar o principal motor com que Dilma conta para turbinar o crescimento a partir de 2015. Ele terá à frente o desafio de destravar os programas de concessão de ferrovias e portos, que ainda não saíram do papel, e de dar vida às PPPs - um instrumento criado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva que ainda não foi utilizado em nenhum grande empreendimento federal.

Não é uma tarefa trivial, num momento em que as grandes construtoras, principais "clientes" das concessões até agora, estão na berlinda por causa da Operação Lava Jato.

As denúncias poderão atrasar a liberação de financiamento pelo Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal agente financeiro do programa.

Em seu primeiro pronunciamento, o ministro indicado para dirigir o Planejamento falou em "novo ciclo" e prometeu trabalhar duro para o crescimento da economia, com controle rigoroso da inflação, estabilidade fiscal e geração de emprego.

"Gostaria de destacar que trabalharei especialmente em iniciativas para aumentar a taxa de investimento e a produtividade de nossa economia, de modo a possibilitar o crescimento mais rápido da renda per capita com estabilidade monetária", afirmou Barbosa.

Ao lado de Joaquim Levy, ministro escolhido para dirigir a Fazenda, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini - que permanecerá no cargo -, Barbosa disse estar certo de que contará com a colaboração do setor privado, dos parlamentares, dos governadores e dos prefeitos.

A ideia do governo é repaginar o PAC, que enfrenta muitas dificuldades de execução, e dar impulso às concessões de serviços públicos.

Trânsito

Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Barbosa é um nome que agrada à cúpula do PT e ao mercado, além de ter bom trânsito no Congresso Nacional.

Depois que deixou o governo, no ano passado, por divergências com o secretário do Tesouro, Arno Augustin, Barbosa passou a ser chamado com frequência pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O novo ministro chegou a apresentar a Lula vários estudos para o enfrentamento dos principais desafios macroeconômicos do Brasil para os próximos quatro anos.

Trata-se de uma lista com 12 medidas fiscais, numa alusão aos trabalhos de Hércules, da mitologia grega. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A partir de janeiro, o economista assumirá a coordenação de todos os programas de investimento e também de concessões em infraestrutura e logística do governo. Muitas dessas iniciativas estão hoje sob o guarda-chuva de monitoramento da Casa Civil.

"Assumirei a coordenação dos programas de investimento do governo federal", afirmou o novo ministro, um economista com perfil desenvolvimentista.

Além do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa Minha Vida, estarão no radar do ministério turbinado o Programa de Infraestrutura e Logística (PIL). E as parcerias público-privadas (PPPs), que já estão lá, deverão ganhar força.

Caberá a Barbosa, portanto, acionar o principal motor com que Dilma conta para turbinar o crescimento a partir de 2015. Ele terá à frente o desafio de destravar os programas de concessão de ferrovias e portos, que ainda não saíram do papel, e de dar vida às PPPs - um instrumento criado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva que ainda não foi utilizado em nenhum grande empreendimento federal.

Não é uma tarefa trivial, num momento em que as grandes construtoras, principais "clientes" das concessões até agora, estão na berlinda por causa da Operação Lava Jato.

As denúncias poderão atrasar a liberação de financiamento pelo Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal agente financeiro do programa.

Em seu primeiro pronunciamento, o ministro indicado para dirigir o Planejamento falou em "novo ciclo" e prometeu trabalhar duro para o crescimento da economia, com controle rigoroso da inflação, estabilidade fiscal e geração de emprego.

"Gostaria de destacar que trabalharei especialmente em iniciativas para aumentar a taxa de investimento e a produtividade de nossa economia, de modo a possibilitar o crescimento mais rápido da renda per capita com estabilidade monetária", afirmou Barbosa.

Ao lado de Joaquim Levy, ministro escolhido para dirigir a Fazenda, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini - que permanecerá no cargo -, Barbosa disse estar certo de que contará com a colaboração do setor privado, dos parlamentares, dos governadores e dos prefeitos.

A ideia do governo é repaginar o PAC, que enfrenta muitas dificuldades de execução, e dar impulso às concessões de serviços públicos.

Trânsito

Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Barbosa é um nome que agrada à cúpula do PT e ao mercado, além de ter bom trânsito no Congresso Nacional.

Depois que deixou o governo, no ano passado, por divergências com o secretário do Tesouro, Arno Augustin, Barbosa passou a ser chamado com frequência pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O novo ministro chegou a apresentar a Lula vários estudos para o enfrentamento dos principais desafios macroeconômicos do Brasil para os próximos quatro anos.

Trata-se de uma lista com 12 medidas fiscais, numa alusão aos trabalhos de Hércules, da mitologia grega. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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