Economia

Defendida por Haddad, PL que altera lei das falências tranca pauta na próxima semana

Ministério da Fazenda defende pacote de reforma microeconômica para melhorar o ambiente de crédito no país

Fernando Haddad, ministro da Fazenda ( Hollie Adams/Bloomberg/Getty Images)

Fernando Haddad, ministro da Fazenda ( Hollie Adams/Bloomberg/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 13 de março de 2024 às 20h06.

Última atualização em 13 de março de 2024 às 20h06.

O projeto de lei do Poder Executivo enviado ao Congresso que altera a Lei das Falências tramita em regime de urgência e passa a trancar a pauta do plenário da Câmara a partir do dia 19. Esse ato impede que outras matérias sejam votadas pelos deputados antes da apreciação do PL. A deputada Dani Cunha (União-RJ) foi designada ontem a relatora da proposta.

O projeto faz parte do pacote da reforma microeconômica defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para melhorar o ambiente de crédito no Brasil. Além do PL das falências, outros cinco da lista da equipe econômica tramitam na Câmara: os que tratam de resolução bancária, ressarcimento a investidores, infraestrutura do mercado financeiro, cooperativas de seguro e regime legal de juro.

No Senado, estão as propostas que regem sobre a lei geral de contratos de seguro e a execução extrajudicial.

Em entrevista exclusiva ao Broadcast, o Secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, disse que o governo deve conseguir aprovar neste ano os oito projetos. O líder do MDB, deputado Isnaldo Bulhões (AL), defendeu durante a reunião desta terça-feira, 12, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e líderes partidários que a Casa deve dar prioridade à reforma microeconômica de Haddad.

Como mostrou o Broadcast, o objetivo do projeto de lei das falências é agilizar o processo de falência e dar mais poder aos credores. As duas principais mudanças são a permissão para que os credores escolham um gestor para administrar a massa falida, em alternativa à designação de um administrador judicial, e a criação de um plano de falência, que, quando aprovado e homologado, poderá propor várias formas de venda e dispensa aprovação judicial para venda de ativos e pagamento de passivos.

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadMinistério da FazendaCâmara dos DeputadosreformasFalências

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor