Pimentel nega protecionismo em encontro Brasil-Alemanha
Apesar das constantes críticas sobre o protecionismo do Brasil, o ministro avaliou que o "nosso mercado não é fechado para nenhum país, inclusive da Alemanha"
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2013 às 11h50.
São Paulo - O ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel , disse nesta terça-feira, na abertura do Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2013, em São Paulo, que os dois países "são duas economias quase absolutamente complementares", cuja cooperação entre ambas é "cada vez mais efetiva".
Pimentel lembrou que o Brasil será sempre grande produtor agrícola e de recursos minerais e que almeja "ser uma economia industrial de ponta, no estado da arte do século 21", como é a Alemanha.
"A complementaridade se dará na área de inovação e o segmento mais inovador da Alemanha é o de pequenas e médias empresas que queremos trazer; queremos aprender com humildade", disse.
Apesar das constantes críticas sobre o protecionismo do Brasil, o ministro avaliou ainda que o "nosso mercado não é fechado para nenhum país, inclusive da Alemanha".
Anne Ruth Herkes, secretária de Estado do Ministério da Economia e Tecnologia da Alemanha, defendeu o investimento de pequenas e médias empresas alemãs no País, mas citou a crise da Zona do Euro como entrave.
"Não podemos ter expectativas excessivas diante das condições Zona do Euro", afirmou Anne Rutth que cobrou a redução das barreiras ao comércio em seu pronunciamento.
Já o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, refutou as criticas sobre o protecionismo brasileiro à indústria de transformação e provocou os alemães durante o Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2013, em São Paulo (SP). "Dizem que o Brasil protege, mas muitas vezes outros países têm mais protecionismo, como a própria Alemanha", afirmou.
Andrade lembrou que o déficit comercial brasileiro soma US$ 6 bilhões em 2013, mas avaliou que o Brasil tem problemas de produtividade e competitividade.
O presidente da CNI considerou que a pauta comercial entre Brasil e Alemanha é pequena e que os alemães têm "uma vantagem enorme" na balança da indústria de transformação, sem, no entanto, citar números.