Economia

PIB dos EUA revela o impacto do primeiro ano de Trump

ÀS SETE - A expectativa é de que o crescimento do último trimestre de 2017 chegue a 2,5%, mas em sua campanha Trump prometeu que seria de 4%

Trump: tudo jogou a favor de Trump em seu primeiro ano. E ainda assim ele não entregou o crescimento prometido

Trump: tudo jogou a favor de Trump em seu primeiro ano. E ainda assim ele não entregou o crescimento prometido

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2018 às 06h14.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2018 às 07h10.

A segunda estimativa do PIB dos Estados Unidos será divulgada nesta quarta-feira e a pergunta a ser respondida é: qual o verdadeiro impacto econômico do primeiro ano de Donald Trump?

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Os números, na mediana de analistas, estimam um crescimento de 2,5% no último trimestre de 2017, uma redução de 0,1 ponto percentual em relação à primeira medição, divulgada no final de janeiro.

O dado é menor do que os números do segundo e do terceiro trimestres, quando a economia apontava crescimentos acima dos 3%. Para todo o ano de 2017, o crescimento divulgado pelo governo inicialmente mostrava um crescimento de 2,3%. Os números não são ruins, mas Trump prometeu, durante sua campanha, que faria os Estados Unidos crescer 4% ao ano.

Mas a retórica muda rapidamente na gestão Trump: na semana passada a área econômica do governo divulgou o primeiro “Relatório Econômico do Presidente”. O documento apresenta uma visão extremamente otimista da economia norte-americano e um futuro ainda mais brilhante.

O próprio crescimento de 2,3% em 2017 é tido como “acima das expectativas” e o relatório argumenta que os esforços em cortar taxas e enforcar regulações excessivas pode elevar ainda mais os ganhos econômicos.

O time de economistas de Trump prevê crescimentos na casa dos 3% para os próximos quatro anos, enquanto que o Fed, o banco central dos Estados Unidos, tem previsões bem mais comedidas: de 2,5% em 2018, 2,1% em 2019, 2% em 2020 e 1,8% em 2021.

A performance é em linha com o que governo do antecessor Barack Obama vinha apresentado em 2014 e 2015 (2,4% e 2,6%, respectivamente), apesar de uma queda para 1,6% em 2016. O desemprego está em níveis recordes, mas com taxas de contratação menor no ano Trump do que nos últimos anos de Obama.

As mudanças mais notáveis estão no aumento da confiança dos consumidores e dos homens de negócios, que se refletiu em recordes no mercado financeiro.

Mas os índices de ações terminam fevereiro com volatilidade recorde para os 14 meses de gestão Trump, e devem fechar o mês no vermelho, indicando preocupação com o aumento de juros para conter um recente aumento da inflação. 

Tudo jogou a favor de Trump em seu primeiro ano. E ainda assim ele não entregou o crescimento prometido. Vai ficar ainda mais difícil daqui para frente.

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