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PIB do Japão no 2° tri é revisado para baixo devido à guerra comercial

Crescimento da economia do segunto trimestre foi revisado de 1,8% para 1,3%

Tóquio, Japão: gastos empresarias caíram devido à apreensão sobre os efeitos da guerra comercial entre EUA e China (Matteo Colombo/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 9 de setembro de 2019 às 10h19.

Última atualização em 9 de setembro de 2019 às 10h22.

Tóquio —  A economia do Japão cresceu em um ritmo mais lento do que o inicialmente estimado no segundo trimestre, depois que a disputa comercial entre Estados Unidos e China provocou uma revisão para baixo nos gastos empresariais, intensificando as solicitações de aumento de estímulo ao banco central neste mês.

A fraqueza na economia global e o agravamento do protecionismo comercial emergiram como riscos para o crescimento e adicionaram certa pressão sobre o Banco do Japão (BOJ) para que expanda o estímulo quando se reunir na próxima semana.

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A economia cresceu 1,3% entre abril e junho em dado anualizado, segundo números revisados do governo divulgados nesta segunda-feira, mais fraca que a leitura preliminar de 1,8% e em linha com a previsão mediana dos economistas.

A taxa de crescimento anualizada se traduz em uma expansão trimestral de 0,3% em comparação com o trimestre de janeiro a março, ante uma leitura preliminar que indicava ganho de 0,4%.

"Existe a possibilidade de o crescimento ficar negativo no trimestre de outubro a dezembro", disse Izuru Kato, economista-chefe da Totan Research.

Os gastos de capital aumentaram apenas 0,2% em relação ao trimestre anterior, muito abaixo do crescimento preliminar de 1,5% e da previsão mediana de uma alta de 0,7%.

Stefan Angrick, economista sênior da Oxford Economics, disse que as indústrias cortaram os gastos no trimestre em meio a uma nova escalada nos atritos comerciais EUA-China.

Uma pesquisa de negócios do setor privado publicada na semana passada mostrou que a atividade manufatureira japonesa caiu pelo quarto mês consecutivo em agosto, enquanto os pedidos de exportação permaneceram em contração pelo nono mês seguido.

O consumo privado, que representa cerca de 60% do produto interno bruto, avançou 0,6% em relação aos três meses anteriores, correspondendo à leitura preliminar.

As exportações líquidas - ou exportações menos importações - subtraíram 0,3 ponto percentual do crescimento revisado do PIB, sinalizando que a economia está sentindo a dor da desaceleração do crescimento global.

Em meio aos riscos para o crescimento, o presidente do BOJ, Haruhiko Kuroda, manteve a porta entreaberta para cortar ainda mais os juros, que já estão em território negativo, dizendo semana passada que esse movimento está entre as opções de política do banco.

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