Economia

PIB de 1,6% em 2014 é nosso "melhor número", diz Hamilton

"Observamos um rebalanceamento na economia. Nosso julgamento é que isso está ocorrendo e vai ter continuidade", disse o diretor de Política Econômica do BC


	Hamilton Araújo: baixo crescimento no período de transição não é processo "determinístico", diz
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Hamilton Araújo: baixo crescimento no período de transição não é processo "determinístico", diz (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 16h19.

Brasília - Carlos Hamilton Araújo, diretor de Política Econômica do Banco Central, disse nesta quinta-feira, 26, ao comentar o Relatório Trimestral de Inflação divulgado hoje, que a estimativa de crescimento do PIB de 1,6% em 2014 divulgada no relatório é o "melhor número" que a autoridade monetária tem no momento.

"Usamos todas as ferramentas e todas as informações que nós dispomos, com a nossa melhor capacidade analítica e chegamos a essa estimativa de 1,6%", afirmou.

Quando questionado se as melhoras das condições econômicas dependem de ajustes no início de 2015, primeiro ano do próximo governo, Araújo respondeu que o País passa por uma transição econômica e que a atividade vai continuar a avançar a taxas mais baixas.

"Observamos um rebalanceamento na economia. Nosso julgamento é que isso está ocorrendo e vai ter continuidade."

Segundo ele, nesse período de mudança, a economia vai ter taxas de crescimento menores do que tinha há alguns anos.

"Provavelmente abaixo do potencial", projetou.

Hamilton defendeu que o baixo crescimento no período de transição não é um processo "determinístico".

"Você não tem um planejador que controla tudo e que quando libera um pouco de consumo já aparece no investimento. No entanto, nós acreditamos que ao longo desse processo, as forças da economia vão levar a essa composição melhor, diferente da que tínhamos no ponto de partida", argumentou.

"Nossa visão é de que o consumo vai continuar crescendo, só que menos do que há algum tempo."

Ao citar a revisão para o crescimento do PIB em 2014, de 2% para 1,6%, Araújo destacou que as exportações devem dar uma contribuição favorável de 0,2 ponto porcentual para a expansão da atividade.

"Caso esse cenário se confirme, isso seria mais uma evidência dessa mudança de composição. Será o primeiro ano desde 2005 com as exportações líquidas contribuindo positivamente para crescimento da economia", afirmou.

"Mas trata-se de uma projeção. Só vamos ter a certeza de que isso ocorreu em março de 2015, quando o IBGE divulgar contas nacionais relativas a 2014", ponderou.

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