Economia

PIB da Alemanha tem queda de 2,2% no 1º trimestre e entra em recessão

A queda da economia alemã é a maior registrada desde o primeiro trimestre de 2009

Alemanha: Índice de sentimento das empresas sobe mais do que o esperado em maio (Christian Mang/Reuters)

Alemanha: Índice de sentimento das empresas sobe mais do que o esperado em maio (Christian Mang/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de maio de 2020 às 07h09.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha encolheu 2,2% no primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre do ano passado, diante do violento impacto econômico da pandemia de coronavírus, segundo revisão divulgada hoje pela Destatis, a agência de estatísticas do país. A queda, a maior registrada desde o primeiro trimestre de 2009, veio em linha com a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal e confirmou estimativa prévia publicada no último dia 15.

Em relação a igual período de 2019, o PIB da maior economia europeia sofreu contração de 2,3% entre janeiro e março, também como previa o mercado e confirmando o cálculo original da Destatis.

Como o PIB alemão já havia diminuído 0,1% no quarto trimestre de 2019 ante os três meses anteriores, a segunda contração no primeiro trimestre significa que a Alemanha entrou em recessão técnica.

Índice de sentimento das empresas sobe mais do que o esperado em maio

O índice de sentimento das empresas da Alemanha subiu da mínima histórica de 74,2 pontos em abril para 79,5 pontos em maio, em meio à melhora da confiança com a gradual reabertura da maior economia da Europa após o choque da pandemia de coronavírus, segundo pesquisa divulgada hoje pelo instituto alemão Ifo.

O resultado de maio superou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta do índice a 76,8. O dado de abril foi revisado para baixo, de 74,3 pontos originalmente.

"O sentimento entre empresas alemãs se recuperou até certo ponto depois de alguns meses catastróficos", avaliou o presidente do Ifo, Clemens Fuest.

O chamado subíndice de expectativas econômicas do Ifo avançou de 69,4 pontos em abril para 80,1 pontos em maio. Por outro lado, o subíndice de condições atuais recuou de 79,4 para 78,9 pontos no mesmo período.

A pesquisa mensal do Ifo envolve cerca de nove mil empresas dos setores de manufatura, serviços, comércio e construção. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaCoronavírusCrise econômicaPIB

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor