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Reino Unido: todos os olhos no PIB

No olho do furação chamado Brexit que varreu o Reino Unido na última semana, a divulgação do PIB britânico do primeiro trimestre de 2016, que acontece hoje, é aguardada como nunca. Nas análises preliminares, o crescimento do PIB britânico foi de 0,4%, abaixo dos 0,5% esperados, quando comparado ao trimestre anterior. Nos dados ano a […]

LONDRES: o ano início com mais dúvidas do que certezas sobre o Brexit, que ainda corre por debaixo dos panos do governo / Neil Hall/ Reuters (Neil Hall/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2016 às 18h54.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h08.

No olho do furação chamado Brexit que varreu o Reino Unido na última semana, a divulgação do PIB britânico do primeiro trimestre de 2016, que acontece hoje, é aguardada como nunca. Nas análises preliminares, o crescimento do PIB britânico foi de 0,4%, abaixo dos 0,5% esperados, quando comparado ao trimestre anterior. Nos dados ano a ano, o crescimento deve ser de 2%, o menor resultado desde 2013.

O PIB já vem caindo nos últimos três anos na terra da Rainha (ver gráfico) e isso mostra um retrato mais amplo. O crescimento de 2015 foi bem aquém dos outros países da Europa — o Reino Unido ficou em 13º lugar, com um crescimento de 2,5%, atrás de países como Irlanda, Espanha e Hungria, mas ainda acima da média do continente.

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Antes mesmo de o Brexit acontecer, os dados do FMI já apontavam uma diminuição de ritmo no decorrer de 2016. Depois do desastre, as expectativas só pioraram: o banco Barclay’s estima dois trimestres negativos no final de 2016 e o banco Credit Suisse já abaixou o crescimento previsto em 2017 de 2,3% para -1%. Economistas do banco Goldman Sachs afirmam que o impacto vai reduzir a produção britânica em 2,75% nos próximos 18 meses diante do aumento da incerteza e da deterioração de acordos de troca com os países da Europa.

A economia britânica já arrefecia desde o começo do ano em setores como construção e agricultura, responsáveis por cerca de 7% da produção. Com uma economia baseada majoritariamente em serviços, os britânicos devem enfrentar problemas nos serviços financeiros, fortes em Londres. Se a Europa antes torcia para que o Reino Unido crescesse o máximo possível, agora a torcida é para o quanto pior, melhor.

http://infogr.am/e98f0b40-ce2d-4cf6-9fc4-628c03fcc41e

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