Economia

Petroleiros da Petrobras aprovam greve a partir de segunda-feira

Os sindicatos afirmam que vão notificar oficialmente a estatal sobre a paralisação na sexta-feira

Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 18h04.

Após semanas de assembleias realizadas em todo o país, trabalhadores do Sistema Petrobras decidiram deflagrar uma greve nacional a partir da próxima segunda-feira, 15. A decisão ocorre depois da rejeição da segunda contraproposta apresentada pela estatal para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), considerada insuficiente pelas entidades que representam a categoria.

A nova proposta foi entregue pela Petrobras na terça-feira, 9, mas, segundo os sindicatos, não houve avanço nos três pontos centrais das negociações: solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que afetam diretamente aposentados e pensionistas; melhorias no plano de cargos e salários, com garantias de recomposição sem mecanismos de ajuste fiscal; e a chamada pauta pelo Brasil Soberano, que defende a manutenção da Petrobras como empresa pública e um modelo de negócios voltado ao fortalecimento da estatal.

De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), além de não apresentar respostas conclusivas sobre os PEDs — tema discutido há quase três anos com governo e entidades —, a empresa também não ofereceu soluções para outras pendências acumuladas ao longo das negociações.

Com a rejeição da contraproposta, os sindicatos afirmam que vão notificar oficialmente a Petrobras sobre a paralisação na sexta-feira, cumprindo os prazos legais.

Vigília e mobilizações

Antes do início da greve, aposentados e pensionistas de diversas regiões retomam nesta quinta-feira uma vigília em frente ao Edifício Senado (Edisen), sede da Petrobras no Rio de Janeiro. A mobilização cobra uma solução para os equacionamentos da Petros e deve continuar durante o período de negociações.

As ações ocorrem paralelamente a agendas em Brasília, onde representantes da categoria participam de reuniões com integrantes do governo e da Comissão Quadripartite, formada por Petrobras, Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e entidades do Fórum em Defesa dos Participantes e Assistidos da Petros.

Em nota, a Petrobras informou:

“A Petrobras mantém um canal de diálogo permanente com as entidades sindicais, independentemente de agendas externas ou manifestações públicas promovidas. Neste momento, a empresa está em negociações de seu Acordo Coletivo de Trabalho e tem participado regularmente de reuniões com as federações sindicais para discutir sua proposta e a pauta reivindicatória.

A companhia apresentou, nesta terça-feira (09/12), uma nova proposta que contempla avanços para a categoria e espera concluir o novo acordo na mesa de negociações com as entidades sindicais.

A Petrobras respeita o direito de manifestação dos empregados e, em caso de necessidade, adotará medidas de contingência para a continuidade de suas atividades.”

Petrobras inicia entregas de SAF com produção inédita no Brasil

A Petrobras iniciou as entregas de seu Combustível Sustentável de Aviação (SAF) no Aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro. A empresa se tornou a primeira no país a produzir o combustível integralmente.

Foram vendidos 3.000 metros cúbicos de SAF a distribuidoras do aeroporto – o volume equivale a um dia de consumo de todos os aeroportos do estado do Rio de Janeiro, segundo um comunicado divulgado pela companhia nesta sexta-feira, 5.

O Combustível Sustentável de Aviação (SAF) é uma alternativa ao querosene convencional, podendo ser utilizado sem exigir alterações nas aeronaves ou na infraestrutura de reabastecimento. Essa característica torna o SAF uma opção eficiente e de rápida implementação para diminuir as emissões no setor aéreo.

Acompanhe tudo sobre:PetrobrasGreves

Mais de Economia

Qual será o valor do salário mínimo em 2026?

Selic vai cair em janeiro? Mercado foca no comunicado do Copom

Banco Europeu destina 300 milhões de euros para modernizar rede elétrica da Bahia

IPCA de novembro acelera e fecha em 0,18% após queda em outubro