Rio - O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou hoje que a companhia já está revendo seu programa de contratação de navios para atender à demanda do pré-sal. Costa não quis revelar quantos novos navios a companhia pretende contratar, mas informou que, certamente, haverá aumento no volume de encomendas. "Com o pré-sal, vamos ter outros Promefs e provavelmente outros EBNs", afirmou o executivo, em referência ao Programa de Renovação da Frota da Transpetro (Promef) e ao programa Empresa Brasileira de Navegação (EBN), cujos primeiros contratos foram assinados hoje.

Nas duas primeiras fases do Promef, a empresa prevê a encomenda de 49 embarcações. Já o primeiro EBN vai contratar 19 navios - hoje, foram assinados três contratos para nove embarcações. Neste programa, a Petrobras contrata o afretamento dos navios, que pertencem a armadores nacionais. O objetivo, disse Costa, é fortalecer uma indústria de armadores nacionais. Segundo ele, além da geração de empregos e da retenção, no País, da receita gerada pelo frete, a contratação de armadores locais tem razões estratégicas.

O Brasil não está no centro geográfico da navegação de cabotagem", afirmou o diretor da Petrobras, ao comentar que a empresa poderia ter dificuldades para ampliar sua frota no futuro. Costa garantiu que os contratos estão alinhados com as tarifas de frete cobradas por armadores internacionais. Ele não quis, porém, informar o valor das tarifas. Todas as obras serão financiadas pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM).

Os três contratos foram assinados pelas empresas Global Transporte Oceânico, Navegação São Miguel e Delima Comércio e Navegação. Um quarto contrato, para três embarcações de transporte de gás liquefeito de petróleo, está sendo finalizado. Para as outras sete embarcações do programa, Costa pediu "discernimento" às empresas concorrentes, para que as partes possam chegar a preços competitivos.