Economia

Petrobras não deveria mais baixar combustível, diz Bolsonaro

Para ele, redução nos preços da estatal "não chega no consumidor"; na quarta, Petrobras anunciou a quarta redução no preço médio da gasolina nas refinarias

Petrobras: presidente garantiu que não interfere na política de preços (Germano Lüders/Exame)

Petrobras: presidente garantiu que não interfere na política de preços (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 6 de fevereiro de 2020 às 09h58.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2020 às 09h59.

A Petrobras não deveria mais reduzir o preço dos combustíveis nas refinarias, já que a queda não se reflete nas bombas para o consumidor final, disse nesta quinta-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro, ressalvando que não interfere na estatal e que não telefonaria para o presidente da empresa para tratar do assunto.

Ao manter o embate com governadores sobre o preço dos combustíveis, um dia depois de afirmar que se os Estado zerassem o ICMS sobre combustíveis, ele zeraria os tributos federais, Bolsonaro afirmou que, embora os Estados estejam em situação financeira ruim, a população sofre mais ao pagar caro pelos combustíveis.

"Eu sei que os Estados estão em seríssimas dificuldades, mas mais dificuldade que os Estados é o povo, que não aguenta mais pagar 5,50 (reais) na gasolina, o caminhoneiro pagar 4,10 (reais) no litro do óleo diesel", afirmou Bolsonaro.

"Parece que diminuiu de novo hoje o preço na refinaria, não tenho certeza ainda. Mas se diminuiu, com todo o respeito, não pode diminuir mais, porque não chega no consumidor", afirmou.

Bolsonaro, entretanto, garantiu que não interfere na política de preços da Petrobras e disse que não vai telefonar para o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, para discutir o assunto.

Na quarta-feira, a Petrobras anunciou que reduzirá o preço médio da gasolina nas refinarias em 4,3% e em 4,4% do diesel, a quarta redução neste ano.

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