Economia

Petrobras inicia operação de plataforma no Campo de Lula

Possui capacidade de produzir, diariamente, até 150 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás


	Um funcionário verifica petróleo na plataforma da Cidade Angra dos Reis no campo de Lula: com mais essa unidade, a camada pré-sal das Bacias de Santos e Campos passa a responder por 35% da produção brasileira
 (REUTERS/Sérgio Moraes)

Um funcionário verifica petróleo na plataforma da Cidade Angra dos Reis no campo de Lula: com mais essa unidade, a camada pré-sal das Bacias de Santos e Campos passa a responder por 35% da produção brasileira (REUTERS/Sérgio Moraes)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2016 às 13h10.

São Paulo - A Petrobras informou o início da operação da plataforma Cidade de Maricá, no campo de Lula (área de Lula Alto), no pré-sal da Bacia de Santos.

A plataforma Cidade de Maricá é um FPSO, unidade que produz, armazena e transfere petróleo, e está a cerca de 270 quilômetros da costa, em lâmina d'água de 2.120 metros.

Possui capacidade de produzir, diariamente, até 150 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás.

Com mais essa unidade, a camada pré-sal das Bacias de Santos e Campos passa a responder por 35% da produção brasileira de petróleo.

A estatal lembrou, em comunicado, que a consolidação da produção na Bacia de Santos, que responde por 70% da extração nesta camada, vem se dando há pouco mais de cinco anos, com uma média de instalação de uma grande plataforma a cada 9 meses.

A Petrobras informou ainda que o desempenho da produção tem ficado entre os melhores em termos mundiais, sendo que os quatro primeiros sistemas de produção, instalados entre 2010 e 2014, permanecem produzindo praticamente a plena capacidade, com 475 mil barris diários de petróleo, mediante 19 poços produtores.

As três plataformas mais recentes, em fase de crescimento da produção, também apresentam o mesmo bom desempenho com relação aos poços já em operação, com 205 mil barris diários de petróleo com apenas 7 poços produtores.

Ainda em 2016, entrarão em operação dois outros grandes sistemas definitivos de produção - Lula Central (FPSO Cidade de Saquarema) e Lapa (FPSO Cidade de Caraguatatuba).

Gasoduto Rota 2

Dando continuidade à expansão da capacidade produtiva da Bacia de Santos, na última sexta-feira, em 12 de fevereiro, a Petrobras iniciou a operação da segunda rota de escoamento do gás natural produzido no pré-sal desta bacia, através de um gasoduto chamado Rota 2.

Com 401 quilômetros de extensão, o Rota 2 é o gasoduto submarino de maior extensão em operação no Brasil e possui capacidade para escoar diariamente 13 milhões de metros cúbicos de gás, interligando os sistemas de produção do pré-sal da Bacia de Santos com o Terminal de Tratamento de Gás de Cabiúnas, em Macaé, no Rio de Janeiro.

Este terminal teve sua capacidade de processamento ampliada para 28,4 milhões de metros cúbicos por dia, de forma a receber o gás proveniente do pré-sal tanto da Bacia de Santos como da Bacia de Campos.

O Rota 2 se interligará ao gasoduto Rota 1, em operação desde 2011 e com capacidade de escoamento de outros 10 milhões de metros cúbicos diários.

A Petrobras comunicou que, com esse novo gasoduto, a capacidade total instalada de escoamento de gás natural do pré-sal da Bacia de Santos atinge 23 milhões de metros cúbicos diários, permitindo o crescimento da produção de petróleo e a ampliação do suprimento de gás nacional ao mercado brasileiro, bem como contribuindo para consolidação da estratégia da estatal de elevar a participação do gás natural nos seus negócios.

As áreas de Lula Alto e de Lula Central estão localizadas na concessão BM-S-11, operada pela Petrobras (65%), em parceria com a BG E&P Brasil Ltda - companhia subsidiária da Royal Dutch Shell plc (25%), e Petrogal Brasil S.A. (10%).

Os campos de Sapinhoá e de Lapa estão localizados na concessão BM-S-9, operada pela Petrobras (45%), em parceria com a BG E&P Brasil Ltda - companhia subsidiária da Royal Dutch Shell plc (30%) e RepsolSinopec Brasil S.A (25%).

O gasoduto Cernambi-Tecab é propriedade do Consórcio Cabiúnas 1, operado pela Petrobras (55%), em parceria com a BG E&P Brasil Ltda - companhia subsidiária da Royal Dutch Shell plc (25%), RepsolSinopec Brasil S.A (10%) e Petrogal Brasil S.A. (10%).

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoLuiz Inácio Lula da SilvaPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor