Economia

Petrobras anuncia novo reajuste de preços da gasolina e do diesel

Litro da gasolina terá alta de 7,04% nas refinarias; diesel sobe 9,15%

Petrobras: No ano, a gasolina acumula alta de 73,4% nas refinarias. Já o diesel subiu 65,3% no mesmo período (Marcos Santos/Agência USP)

Petrobras: No ano, a gasolina acumula alta de 73,4% nas refinarias. Já o diesel subiu 65,3% no mesmo período (Marcos Santos/Agência USP)

AM

André Martins

Publicado em 25 de outubro de 2021 às 11h28.

Última atualização em 26 de outubro de 2021 às 17h49.

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 25, novo reajuste nos preços da gasolina e do diesel para as distribuidores. Segundo comunicado da petroleira, os novos valores passam a vigorar a partir de terça-feira, 26.

Com o reajuste, o preço médio de venda da gasolina passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, um reajuste médio de R$ 0,21 por litro, alta de 7%. Segundo a estatal, o aumento deve impactar em uma alta R$ 0,15 por litro nas bombas. É o segundo reajuste no preço da gasolina neste mês. No dia 9, a gasolina já havia subido 7,2%.

Já o litro do diesel A passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,28 por litro, alta de 9,15%. Nas bombas, essa variação deve refletir numa alta de R$ 0,24 por litro.

No ano, a gasolina acumula alta de 73,4% nas refinarias. Já o diesel subiu 65,3% no mesmo período.

Em nota, a Petrobras justifica os reajustes "para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras".

Sobre o alinhamento de preços ao mercado internacional, a estatal diz que é relevante no momento pela demanda atípica recebida pela estatal para o mês de novembro de 2021.  

Desde 2016, quando a Petrobras passou a praticar o Preço de Paridade Internacional (PPI), o dólar e a cotação do petróleo têm influência sobre os preços de combustíveis no Brasil. 

O preço do barril de petróleo Brent – referência internacional – fechou acima em US$ 86,35 dólares na última semana, próximo das máximas desde o final de 2018. Já o dólar acumulou alta de 3% na semana, atingindo R$ 5,6282.

Os reajustes haviam sido adiantados pelo presidente Jair Bolsonaro em coletiva ao lado do ministro Paulo Guedes na última sexta-feira. No domingo, o presidente voltou a falar sobre o assunto e garantiu que não irá intervir na Petrobras. "Eu não tenho como interferir na Petrobras. Tenho falado com Guedes sobre o que vamos fazer com ela no futuro. A gente não vai interferir no preço de nada. Infelizmente pelos números do petróleo lá fora, infelizmente, nós teremos reajuste no combustível".

Os preços dos combustíveis estão no centro do debate político. No dia 14, a Câmara dos Deputados aprovou de lei que muda a cobrança no imposto ICMS sobre os combustíveis. 

Pelo projeto aprovado e apoiado pelo presidente da Câmara Arthur Lira, o imposto ICMS cobrado em cada estado será calculado com base no valor médio do litro do combustível nos dois anos anteriores, e não mais nos últimos 15 dias como é hoje. A proposta tramita no Senado e tem forte resistência dos estados, que calculam perder R$ 32 bilhões em arrecadação. 

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