Economia

Petobras ainda avalia transparência para política de preços

Mas Parente também reiterou que não haverá influência do governo federal sobre o tema


	Pedro Parente: "Qual a melhor política para a empresa nesse momento? Não sei... isso para nós é um ponto importantíssimo, sem dúvida é"
 (Adriano Machado/Reuters)

Pedro Parente: "Qual a melhor política para a empresa nesse momento? Não sei... isso para nós é um ponto importantíssimo, sem dúvida é" (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 14h36.

Rio de Janeiro - O nível de transparência que será adotado para a política de preços dos combustíveis da Petrobras, uma demanda do mercado que busca mais previsibilidade, ainda não está definido, disse nesta quinta-feira o novo presidente da empresa, Pedro Parente, em sua primeira fala pública na sede da companhia.

Mas ele reiterou que não haverá influência do governo federal sobre o tema, ainda que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, tenha dito um pouco antes, no mesmo evento, que a política de preços será discutida com importantes ministérios e a empresa.

Por vários anos, a Petrobras importou gasolina e diesel a preços maiores do que os praticados na venda interna, como uma medida do governo para controlar a inflação, trazendo prejuízos bilionários para a empresa.

"Tem empresas que divulgam a sua política de preços com transparência e outras não. Qual a melhor política para a empresa nesse momento? Não sei... isso para nós é um ponto importantíssimo, sem dúvida é", afirmou Parente, durante cerimônia de transferência de cargo.

Já o ministro de Minas e Energia afirmou que a discussão sobre a política de preços da estatal será feita em momento oportuno, ao ser questionado sobre um possível fim da interferência do governo em relação ao tema.

"Isso a gente vai ter oportunidade para discutir ainda. Não (é só) Ministério de Minas e Energia, é Planejamento, Fazenda e a própria diretoria que está chegando, e no momento oportuno a gente fala sobre isso", afirmou o ministro a jornalistas.

Questionado sobre a declaração do ministro, Parente repetiu o que vem dizendo desde que foi apontado para presidir a Petrobras, de que "essa é uma decisão empresarial, que vai consultar os interesses da Petrobras".

O executivo destacou ainda que a garantia de que não haverá interferências políticas e eleitorais na empresa foi o principal fator para que ele aceitasse o que considera ser o maior desafio de sua vida, junto com sua participação no governo em 2001, quando buscou soluções para a falta de energia elétrica no país.

Parente afirmou também que está comprometido em recuperar a boa saúde financeira da Petrobras e destacou que isso terá que ser feito sem o socorro do Tesouro.

Para reduzir a dívida e fortalecer o caixa, segundo Parente, o plano de venda de ativos será essencial e será tratado de forma estratégica.

As ações preferenciais da Petrobras operavam em alta de mais de 2 por cento, às 13:54, enquanto o Ibovespa subia 1,3 por cento.

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