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Peru corta previsão para o PIB e culpa obras com a Odebrecht

O ministro pediu por um "choque duplo de integridade e investimentos da economia", em resposta aos casos de corrupção envolvendo a construtora

Peru: a nova estimativa é de um crescimento de 3,8% em 2017 (Guadalupe Pardo/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 19h22.

São Paulo - O ministro das Finanças do Peru , Alfredo Thorne, reduziu a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de seu pais em um ponto porcentual, para +3,8% em 2017, por causa do atraso em obras em que a Odebrecht estava envolvida.

Em uma coluna no jornal El Comercio, Thorne pediu por um "choque duplo de integridade e investimentos da economia", em resposta aos casos de corrupção envolvendo a construtora brasileira.

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Na coluna, ele afirmou que é vital que as autoridades recuperem a confiança no serviço público para impulsionar a economia e criar empregos em projetos de infraestrutura.

Isso envolveria o endurecimento das leis anticorrupção, enquanto melhora a transparência no serviço público.

"É uma prioridade tomar medidas para proteger os interesses do Estado e recuperar a confiança dos cidadãos e a integridade dos investimentos públicos", escreveu.

A obra que mais preocupa é a do Gasoduto do Sul, que foi paralisada em meio ao escândalo com a Odebrecht.

Após encerrar o contrato com o consórcio liderado pela construtora para construir o gasoduto, o presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, disse que um novo leilão poderá ocorrer em nove meses.

O Peru cancelou o contrato do gasoduto do sul na semana passada, após o consórcio perder o prazo para conseguir financiamento.

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