Dinheiro: no acumulado do ano até setembro, a caderneta registra saídas líquidas de R$ 6,063 bilhões (Fredcardoso/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de outubro de 2019 às 15h54.
Última atualização em 4 de outubro de 2019 às 15h55.
São Paulo — As famílias brasileiras voltaram a aplicar recursos na caderneta de poupança em setembro. Dados do Banco Central mostram que, no mês passado, os depósitos líquidos somaram R$ 8,725 bilhões. Foi o segundo mês consecutivo de captação positiva na poupança. Em agosto, haviam sido registrados depósitos líquidos de R$ 1,316 bilhão.
O ano de 2019 tem sido marcado, até o momento, por uma rotatividade nos resultados de captação da poupança. São cinco meses de saques líquidos e quatro meses de depósitos no saldo final.
No acumulado do ano até setembro, a caderneta registra saídas líquidas de R$ 6,063 bilhões. Este resultado está em grande parte ligado ao ambiente de fraqueza da economia e alto desemprego. Com menos dinheiro para fechar as contas, muitas famílias voltaram a recorrer, em alguns momentos, aos recursos depositados na caderneta para fazer frente às despesas mensais.
Em setembro, porém, os saques brutos somaram R$ 209,025 bilhões, sendo superados pelos depósitos brutos de R$ 217,750 bilhões. Considerando a entrada líquida de R$ 8,725 bilhões e o rendimento de R$ 2,857 bilhões visto no mês, o estoque total na caderneta de poupança atingiu R$ 817,970 bilhões no fim de setembro.
Atualmente, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que está em zero, mais 70% da Selic (a taxa básica de juros da economia). A Selic, por sua vez, está em 5,50% ao ano, no menor patamar da história.
Esta regra de remuneração vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança é atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Esta remuneração, mais elevada, deixou de valer em setembro de 2017, quando a Selic passou para abaixo do nível de 8,50%.