Economia

Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA têm alta inesperada

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 23 mil, para 230 mil

Desemprego nos EUA (Oli Scarff/Reuters)

Desemprego nos EUA (Oli Scarff/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 13 de janeiro de 2022 às 11h54.

Última atualização em 13 de janeiro de 2022 às 11h55.

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou de forma inesperada na primeira semana de janeiro, em meio a uma onda de infecções por Covid-19, mas permaneceu em nível consistente com condições de mercado de trabalho cada vez mais apertadas.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 23 mil, para 230 mil, em dado ajustado sazonalmente para a semana encerrada em 8 de janeiro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 200 mil pedidos para a última semana.

As solicitações permanecem abaixo de seu patamar pré-pandemia, sinal de aperto nas condições de mercado de trabalho. Os pedidos caíram ante um recorde de 6,149 milhões alcançado em abril de 2020.

Os pedidos de auxílio-desemprego permanecem muito baixos, apesar do aumento nos casos de coronavírus impulsionado pela variante Ômicron, que tem interrompido as atividades em áreas que vão desde companhias aéreas a escolas. Empregadores estão segurando seus trabalhadores, com um cenário de 10,6 milhões de postos de trabalho em aberto no fim de novembro.

O governo norte-americano informou na sexta-feira passada que a taxa de desemprego caiu a uma mínima em 22 meses de 3,9% em dezembro, indicação de que o mercado de trabalho está em pleno emprego ou próximo a ele.

A força de trabalho nos EUA conta com cerca de 2,2 milhões de pessoas a menos do que antes da pandemia.

Divulgado na quarta-feira, o relatório "Livro Bege" do Federal Reserve --um compilado de informações sobre a atividade empresarial reunido a partir de dados de contatos empresariais em todo o país até 3 de janeiro-- mostrou que muitos empregadores estão permitindo o trabalho em meio período ou ajustando as qualificações "para atrair mais candidatos e reter a força de trabalho existente".

O aperto do mercado de trabalho e a crescente inflação estão levando economistas a estimar que o Fed elevará os juros em março. Os preços ao consumidor nos EUA saltaram 7% em dezembro contra um ano antes, maior ganho desde junho de 1982.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusDesempregoEstados Unidos (EUA)Pandemia

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos