Economia

Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem para menos de 1 milhão

Este é o nível mais baixo desde meados de março, quando as autoridades começaram a fechar negócios não essenciais para conter o coronavírus

Desemprego nos Estados Unidos (Gabby Jones/Bloomberg/Getty Images)

Desemprego nos Estados Unidos (Gabby Jones/Bloomberg/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 13 de agosto de 2020 às 09h54.

Última atualização em 13 de agosto de 2020 às 10h51.

O número de norte-americanos que buscaram auxílio-desemprego caiu para menos de um milhão na semana passada pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19 nos Estados Unidos, provavelmente porque o vencimento de um suplemento semanal de 600 dólares desencorajou alguns de solicitarem a ajuda.

Os novos pedidos de auxílio-desemprego totalizaram 963 mil, em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 8 de agosto, ante 1,191 milhão na semana anterior, afirmou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.

Este é o nível mais baixo desde meados de março, quando as autoridades começaram a fechar negócios não essenciais para desacelerar a disseminação do coronavírus.

Economistas consultados pela Reuters previam 1,12 milhão de novos pedidos na última semana.

O pagamento extra de auxílio-desemprego expirou em 31 de julho. O presidente Donald Trump assinou no sábado um decreto que inclui a prorrogação do suplemento, embora tenha reduzido o pagamento semanal para 400 dólares. Mas tem havido confusão sobre o decreto.

Os Estados são obrigados a cobrir 100 dólares do suplemento, mas governadores indicaram que não têm capacidade financeira depois que as receitas foram dizimadas no combate à pandemia de Covid-19. Os 300 dólares restantes serão financiados por um programa limitado de ajuda emergencial a desastres, que os economistas estimam que pode se esgotar no início de setembro.

O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse nesta quinta-feira que o plano de Trump fornecerá 300 dólares extras por semana. Grupos da indústria e republicanos alegaram que o suplemento semanal de 600 dólares estava encorajando alguns desempregados a ficar em casa.

Muitos economistas rejeitaram o argumento e deram crédito ao suplemento pela recuperação nascente da economia ante recessão desencadeada pelo coronavírus. Um programa financiado pelo governo que oferece empréstimos a empresas para ajudar com os salários também expirou.

Novas infecções por Covid-19 estão se espalhando por todo o país, forçando as autoridades em alguns dos pontos críticos a fechar empresas novamente ou interromper a reabertura.

O relatório de pedidos de auxílio-desemprego desta quinta-feira também mostrou que o número de pessoas recebendo benefícios após uma semana inicial totalizou 15,486 milhões na semana encerrada em 1º de agosto, contra 16,09 milhões na semana anterior.

O governo informou na semana passada que a economia criou 1,763 milhão de empregos em julho, após um recorde de 4,791 milhões em junho. A economia recuperou apenas 9,3 milhões dos 22 milhões de empregos perdidos entre fevereiro e abril.

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