Economia

Paulo Guedes diz que está fora de questão renegociar dívida pública

Futuro ministro da Economia afirmou que vai trabalhar para fazer reformas e vender ativos para reduzir o endividamento do país

Paulo Guedes: economista diz que é necessário acelerar privatizações para liberar recursos e ajudar não só no ajuste fiscal, mas também no alívio áreas que hoje reclamam da falta de verbas (Sergio Moraes/Reuters)

Paulo Guedes: economista diz que é necessário acelerar privatizações para liberar recursos e ajudar não só no ajuste fiscal, mas também no alívio áreas que hoje reclamam da falta de verbas (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 16h20.

Futuro ministro da Economia no governo de Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes afirmou nesta terça-feira, 6, que "está fora de questão" renegociar a dívida brasileira e que a futura equipe vai trabalhar para fazer reformas e vender ativos para reduzir o endividamento do país.

Em entrevista à Band, Bolsonaro disse que a dívida interna do Brasil não é impagável, mas precisaria ser renegociada. O presidente eleito afirmou ainda na ocasião que seu ministro da Economia se encarregaria dessa missão.

"Está fora de questão renegociar dívida, está fora de questão. O que existe é preocupação com a dívida. Por isso, faremos reformas e faremos o que empresas fazem, vender ativos", disse Guedes. "Não é razoável o Brasil gastar 100 bilhões de dólares por ano para pagar juros da dívida", afirmou.

O futuro ministro da Economia disse ainda que pretende acelerar as privatizações para liberar recursos e ajudar não só no ajuste fiscal, mas também no alívio a algumas áreas que hoje reclamam da falta de verbas. "Em vez de pagar juros da dívida, vamos dar dinheiro para saúde e educação", disse.

O grande problema dos últimos 30 anos, segundo Guedes, é o "descontrole" sobre gastos públicos, questão que ele promete atacar em sua gestão.

Guedes falou a jornalistas na chegada ao Ministério da Fazenda para um encontro com o atual titular da pasta, Eduardo Guardia. No próximo governo, a Fazenda será incorporada ao Planejamento e à pasta de Indústria, Comércio Exterior e Serviços para formar o Ministério da Economia.

Guedes negou que a pasta comandada por ele seja um "superministério" e explicou que as fusões que serão feitas entre ministérios evitará sobreposição de políticas.

Acompanhe tudo sobre:Dívida públicaJair BolsonaroPaulo Guedes

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor