Economia

Parlamentares propõem reajuste do IR de 6,5% a isentos

O arranjo tem sido costurado entre os parlamentares e a equipe econômica para tentar evitar a derrubada de um veto de Dilma


	Levy: segundo a proposta feita ao ministro, a faixa de isenção (aplicada hoje a quem ganha até R$ 1.787,77) seria reajustada em 6,5%
 (Reuters)

Levy: segundo a proposta feita ao ministro, a faixa de isenção (aplicada hoje a quem ganha até R$ 1.787,77) seria reajustada em 6,5% (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 14h41.

Brasília - O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), detalhou a proposta de reajuste da tabela do imposto de renda apresentada pela cúpula do partido ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

O arranjo tem sido costurado entre os parlamentares e a equipe econômica para tentar evitar a derrubada de um veto de Dilma que barrou uma correção linear de 6,5% considerada inviável pelo Palácio do Planalto em um ano de forte ajuste fiscal.

De acordo com Eunício, a faixa de isenção (aplicada hoje a quem ganha até R$ 1.787,77) seria reajustada em 6,5%.

O mesmo índice valeria para quem recolhe 7,5% de imposto de renda - aqueles que hoje têm remuneração de até R$ 2.679,29. As três faixas salariais seguintes seriam corrigidas em 5,5%, 5% e 4,5%, respectivamente.

Levy, que foi ao Congresso nesta terça-feira, 10, para negociar um acordo com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve dar uma resposta da Fazenda ainda hoje.

"A área econômica não aceitou ainda. Eles estão fazendo as contas", disse o líder peemedebista.

Apesar disso, Levy sinalizou que a fórmula de escalonar as mudanças na tabela deve ser adotada, embora ainda possa tentar emplacar porcentuais menores. O ministro declarou ao deixar o gabinete de Renan que as partes encontraram "um encaminhamento" para o assunto.

Nos dois encontros ocorridos no Congresso hoje, os peemedebistas disseram a Levy que, para evitar a derrubada do veto, o governo precisa enviar uma Medida Provisória propondo as alterações ainda hoje - e com eficácia imediata.

"(Ela) tem que ser encaminhada hoje e publicada amanhã para que a gente tenha argumento (nas conversas com os demais partidos da base)."

Encaminhamentos

Ainda segundo Eunício, na sessão do Congresso amanhã que analisará o veto de Dilma também deve ser votado o Orçamento da União para 2015.

O senador também afirmou que, a pedido do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ele indicará os membros do partido para as comissões das duas Medidas Provisórias que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas, para agilizar a tramitação.

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