Economia

Parlamentares franceses da oposição dizem "não" a acordo UE-Mercosul

Cerca de 50 parlamentares republicanos classificaram tratado comercial como um "erro econômico e horror ecológico"

Bandeiras da UE: políticos prometem se mobilizar para que "funesto acordo não seja ratificado" (Francois Lenoir/Reuters)

Bandeiras da UE: políticos prometem se mobilizar para que "funesto acordo não seja ratificado" (Francois Lenoir/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de julho de 2019 às 11h50.

Cerca de 50 parlamentares franceses do partido de oposição Os Republicanos (LR, direita) disseram "não" ao acordo UE-Mercosul, classificando este tratado comercial de "erro econômico e horror ecológico", em artigo de opinião publicado neste domingo no jornal francês "Le Parisien".

UE e Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) firmaram, em 28 de junho passado, um grande tratado de livre-comércio, negociado há 20 anos, e que envolve cerca de 770 milhões de consumidores.

Para os signatários do texto, o acordo "é contrário ao interesse nacional". Seus autores questionam, por exemplo, "Como justificar a imposição de cada vez mais normas aos nossos agricultores franceses, se abrimos as portas para produções agrícolas que não as respeitam?".

Esses parlamentares - o LR tem cerca de 100 cadeiras na Assembleia Nacional francesa, de 577 - defendem "criar uma barreira ecológica nas fronteiras da Europa para impedir a importação de países que não respeitam nossas normas ambientais".

Consideram ainda que este tratado "daria o golpe de misericórdia" nos agricultores e pecuaristas franceses e prometem se mobilizar "na Assembleia Nacional e no Parlamento europeu" para que este "funesto acordo não seja ratificado".

Entre os signatários, estão o deputado e candidato à presidência do partido, Guillaume Larrivé, e o eurodeputado e ex-ministro do Interior Brice Hortefeux.

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