Economia

Paraná reduz projeção de safras de soja, milho e trigo

Safra de soja 2014/15, que está sendo plantada, foi estimada em 17,11 milhões de toneladas


	Colheita de soja: safra 2014/15 foi estimada em 17,11 milhões de toneladas
 (Camila Domingues/Palácio Piratini)

Colheita de soja: safra 2014/15 foi estimada em 17,11 milhões de toneladas (Camila Domingues/Palácio Piratini)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 15h18.

São Paulo - As projeções para as safras de soja, milho e trigo do Paraná foram reduzidas levemente nesta quinta-feira, com todas as culturas afetadas por clima adverso nos últimos meses, disse o Departamento de Economia Rural (Deral), ligado ao governo estadual.

A safra de soja 2014/15, que está sendo plantada, foi estimada em 17,11 milhões de toneladas, cerca de 100 mil toneladas abaixo da projeção do final de outubro, mas ainda um recorde, com crescimento de 17 por cento ante 2013/14.

"Houve problemas de atraso de plantio, o que, por si só já reduz um pouco o potencial da cultura. Mas ainda estamos mais na fase de indicativo de perda do que de perda confirmada", disse o engenheiro agrônomo Hugo Godinho, do Deral.

O Paraná registrou um período sem chuvas em outubro e início de novembro, lembrou Godinho.

Atualmente, no entanto, o plantio da oleaginosa já avançou para 90 por cento da área prevista, informou o Deral.

A primeira safra de milho, praticamente toda semeada, também foi afetada pela falta de chuvas em outubro, com projeção de colheita reduzida em 90 mil toneladas, para 4,55 milhões de toneladas, queda de 16 por cento ante a temporada passada, em meio à forte redução de área.

Já a safra 2014 de trigo, que está 99 por cento colhida, foi prejudicada por chuvas excessivas, no fim de setembro, antes do período de seca.

A estimativa de colheita ficou em 3,78 milhões de toneladas, ante 3,87 milhões do relatório de outubro, o dobro da safra de 2013, afetada por geadas.

"A colheita de trigo será 6 por cento menor que o estimado inicialmente, mas ainda assim é uma safra recorde. Ao longo dos próximos meses ainda pode haver um ajuste, que pode não ser pequeno", disse o especialista do Deral.

Ele destacou que as últimas lavouras colhidas, no sul do Estado, são as mais prejudicadas pela umidade, com os danos ainda não totalmente avaliados pelos técnicos e produtores.

Muitas lavouras sofrem com ataques de doenças fúngicas, germinação de espigas e acamamentos.

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