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Paralisação de transportadores afeta postos em RJ, RS e PR

A ANP está adotando medidas emergências para minimizar os impactos da greve para consumidores

Combustíveis: os caminhoneiros protestam contra o valor do frete pago pelas distribuidoras e contra a elevada carga tributária (Jeff Pachoud/AFP)
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Reuters

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 21h40.

Última atualização em 8 de dezembro de 2017 às 22h21.

Rio de Janeiro - Uma paralisação de transportadores de combustíveis está afetando o suprimento em postos principalmente nos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, disse à Reuters o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Aurélio Amaral.

O diretor explicou que a agência está adotando medidas emergências para minimizar os impactos da greve para consumidores, como fazer que o abastecimento de setores como transporte público, hospitais e aeroportos sejam priorizados.

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Os caminhoneiros protestam contra o valor do frete pago pelas distribuidoras e contra a elevada carga tributária, que afeta os preços dos produtos nas bombas.

Amaral explicou que a paralisação está mais concentrada nos três Estados e o impacto é mais sentido nos pólos de distribuição de Duque de Caxias (RJ), Ijuí (RS) e Araucária (PR). Nesses locais, disse ele, ocorreram piquetes na porta dos pólos, impedindo entrada e saída de caminhões de abastecimento.

"Por enquanto o movimento está mais forte nesses três pólos,eles tentaram em Paulínia, mas não conseguiram a adesão necessária", disse Amaral.

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) afirmou em nota que, com apoio da ANP, está atuando com forças de segurança do Rio de Janeiro e de Minas Gerais para que se cumpra a ordem judicial e garanta a normalidade do abastecimento nos Estados.

"As manifestações nas portas das bases e terminais estão interrompendo a distribuição de combustível nestes Estados, prejudicando o sistema de abastecimento desde ontem à zero hora", disse o Sindicom em nota.

"O abastecimento de serviços essenciais como barcas, transporte urbano rodoviário, aeroportos, polícia e hospitais pode ser afetado caso a operação de distribuição não seja liberada", completou.

Abastecimento

Em média, de segundo o diretor da ANP, os estoques das bases de distribuição tem estoques para três a cinco dias, dependendo do modal de distribuição.

Como a greve já estava programada, o diretor da ANP explicou que as distribuidoras se prepararam para formar estoques para cerca de cinco dias.

"Já passamos por isso num movimento mais duro e aguentamos 10 dias sem desabastecimento. Não prevemos por ora desabastecimento generalizado", declarou ele.

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