Economia

Paraguai quer reformar leis para seguir como sul-americano que mais cresce

Governo prevê 4% de alta do PIB em 2019 e acha que potencial pode aumentar com apresentação de novos projetos de reforma tributária em março

Paraguai é prejudicado por fraqueza econômica no Brasil e na Argentina, seus grandes parceiros comerciais (Dado Galdieri/Bloomberg)

Paraguai é prejudicado por fraqueza econômica no Brasil e na Argentina, seus grandes parceiros comerciais (Dado Galdieri/Bloomberg)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 24 de fevereiro de 2019 às 08h00.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2019 às 08h00.

O Paraguai vai reformular o sistema tributário e atualizar leis empresariais para continuar sendo a economia que mais cresce na América do Sul.

O governo do presidente Mario Abdo Benitez vai apresentar já no mês que vem projetos de lei que podem aumentar a arrecadação de impostos em um montante equivalente a 2 pontos percentuais do PIB, informou o ministro da Fazenda, Benigno Lopez.

“Temos espaço para melhorar a arrecadação sem tocar nos juros”, disse López, que é meio-irmão do presidente. “O que precisamos é de um arcabouço jurídico mais eficiente e ágil”, acrescentou em entrevista por telefone.

Juntamente com projetos de infraestrutura e uma reforma do sistema educacional, a legislação pode permitir que a economia paraguaia cresça mais do que o potencial atual, de 3,5 por cento a 4,5 por cento, disse o ministro.

O governo ainda prevê 4 por cento neste ano, apesar das preocupações relativas a uma safra ruim de soja e à fraqueza econômica no Brasil e na Argentina, seus grandes parceiros comerciais.

Após a colocação de US$ 500 milhões em títulos com prazo de 31 anos semana passada, o governo praticamente concluiu seus planos de financiamento de 2019, disse ele.

* O Ministério da Fazenda pretende vender 400 bilhões de guaranis (US$ 66 milhões) em títulos em março e abril. Na semana passada, foram vendidos 200 bilhões de guaranis em papéis.

* O governo pode emitir mais dívida local se os fundos de pensão se tornarem investidores institucionais mais fortes. Os parlamentares precisariam aprovar uma nova versão de um projeto de regulamentação previdenciária que foi rejeitado no ano passado.

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