Economia

Para The Economist, leilão do pré-sal "foi uma decepção"

Segundo a revista, a presença de apenas uma proposta mostra "a fraqueza da abordagem liderada pelo governo para desenvolver as reservas"


	Visão aérea da plataforma P-52 da Petrobras na Bacia de Campos: para a revista, uma das causas dessa falta de interesse foi a demora do governo em oferecer os campos
 (Bruno Domingos / Reuters)

Visão aérea da plataforma P-52 da Petrobras na Bacia de Campos: para a revista, uma das causas dessa falta de interesse foi a demora do governo em oferecer os campos (Bruno Domingos / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 15h59.

Londres - A revista britânica The Economist publica na edição que chega este fim de semana às bancas reportagem sobre o primeiro leilão para exploração do pré-sal. Com o título "Preço barato", a reportagem diz que a presença de apenas uma proposta para os campos de exploração de petróleo mostra "a fraqueza da abordagem liderada pelo governo para desenvolver as reservas".

Para a revista, o resultado do leilão "foi uma decepção".

Na reportagem, a revista diz que a "a presença da Shell e da Total no consórcio vencedor permitiu que o governo declarasse o leilão como um sucesso". Apesar disso, a publicação discorda.

"Enquanto o governo esperava mais de 40 empresas interessadas, apenas 11 se registraram no leilão", lembra o texto. "E, apesar de ter esperado pelo menos a oferta de seis consórcios, só foi feita uma proposta e com o valor mínimo exigido", diz a reportagem.

"A falta de competição foi uma decepção após a euforia de seis anos atrás quando o presidente da época, Luiz Inácio Lula da Silva, descreveu o pré-sal como um 'bilhete de loteria premiado'", diz o texto. Para a revista, uma das causas dessa falta de interesse foi a demora do governo em oferecer os campos.

"Durante a longa espera, enquanto as regras do leilão foram reescritas e os governos discutiam como dividir os eventuais recursos, o xisto retirou do pré-sal o título de perspectiva energética mais emocionante do mundo. A maioria do interesse privado desapareceu", completa a reportagem, que destaca a ausência das gigantes BG, BP, Chevron e Exxon.

Apesar das críticas, a reportagem reconhece que as perspectivas de extração dos campos nos próximos 35 anos "são tão vastas que os riscos de exploração são bem baixos".

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