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Para Itaú, com ou sem reforma, governo estourará gastos em 2019

Economista do banco afirma que o efeito do novo texto da reforma previdenciária para o curto prazo é "muito pequeno"

Itaú: banco afirma que o governo tem um compromisso marcado com o descumprimento do teto dos gastos em 2019 (Vanderlei Almeida/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 14h46.

São Paulo - O economista Pedro Schneider, do Itaú Unibanco , destaca que, com ou sem reforma da Previdência, o governo tem um compromisso marcado com o descumprimento do teto dos gastos em 2019. "Para adiar esse descumprimento, tem de reformar o abono salarial e reonerar a folha de pagamento", disse em entrevista à imprensa.

Segundo Schneider, o efeito do novo texto da reforma previdenciária para o curto prazo é "muito pequeno".

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Pelas suas contas, a nova proposta traria uma economia fiscal de cerca de R$ 6 bilhões em 2019, quando o necessário para cumprir o teto dos gastos seria uma economia de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões. "Ou corta mais despesas discricionárias, segmento que já está bem contraído, ou faz mais reformas", disse.

Em um cenário sem a aprovação da reforma da Previdência, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, disse que o cumprimento do teto dos gastos seria muito difícil em 2019 e "impossível" em 2020. Schneider acrescentou: "Com teto e sem reforma, só existe governo para pagar aposentadorias."

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