Economia

Para Honda, 2015 será um ano de ajustes econômicos

Presidente da Honda na América do Sul, Issao Mizoguchi, garantiu que, mesmo com perspectivas não muito boas, a empresa mantém investimentos a longo prazo


	Honda: presidente na América do Sul defendeu diversificação de estratégias de estímulo ao consumo
 (Bloomberg)

Honda: presidente na América do Sul defendeu diversificação de estratégias de estímulo ao consumo (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 15h28.

São Paulo - O presidente da Honda na América do Sul, Issao Mizoguchi, avaliou nesta terça-feira, 28, que o mercado automotivo deve ter em 2015 um desempenho semelhante ao de 2014, uma vez que o próximo ano será de ajustes na economia.

Ele destacou que uma possível retomada do crescimento da indústria automobilística só deve ocorrer em 2016 e dependerá das mudanças prometidas pela presidente Dilma Rousseff. O executivo se disse confiante em relação à adoção de reformas.

"2015 vai ser um ano em que a economia vai ter que tomar alguns remédios", afirmou durante entrevista à imprensa no Salão Internacional do Automóvel.

Segundo ele, a principal mudança a ser adotada deve ser a retomada dos investimentos em infraestrutura e logística, bem como ajustes nas políticas de juros e de combate à inflação.

Mizoguchi garantiu que, mesmo com perspectivas não muito boas, a Honda mantém os investimentos a longo prazo, embora não revele números. "O potencial do mercado brasileiro continua fantástico", disse.

Mizoguchi defendeu ainda que é preciso diversificar as estratégias de estímulo ao consumo.

De acordo com ele, o fim da redução do IPI no fim deste ano deve ter um impacto nas vendas a partir de 2015, provocando um aumento de 2% no valor total dos automóveis.

Ele avaliou também que hoje o crédito está restrito, mesmo com as medidas de incentivo do Banco Central, pois faltam condições melhores para os bancos emprestarem.

O executivo ponderou, contudo, que o volume de crédito não tem impacto grande na venda de automóveis Honda, ao contrário do que ocorre no segmento de motos da marca.

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