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Para Espanha, BCE "atuará em consequência" da crise

O BCE tem uma reunião nesta quinta-feira muito esperada pelos países europeus afetados pela crise

De Guindos: "ainda não está definido como será a intervenção do BCE, o que faz parte da independência do BCE", admitiu (Pablo Blazquez/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2012 às 10h09.

Madri - O ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, afirmou nesta segunda-feira que o Banco Central Europeu (BCE) - que tem uma reunião muito esperada na quinta-feira - "atuará em consequência" diante da crise do euro, reafirmando o compromisso da Espanha de reduzir o déficit.

Em agosto, o BCE afirmou que "poderia intervir no mercado secundário" comprando dívida dos países mais frágeis da Eurozona, como Espanha e Itália, recordou o ministro em entrevista à rádio Onda Cero.

"Isto é o que será elucidado nas próximas semanas", completou, antes de recordar que esta semana acontecerá uma reunião do conselho de ministros do BCE.

"Acredito que o BCE sabe perfeitamente qual é a problemática do euro e atuará em consequência. O governo espanhol respeita absolutamente sua independência", disse Guindos.

As expectativas despertadas pela reunião de quinta-feira são enormes. Muitos esperam que o presidente do BCE, Mario Draghi, revele as linhas de um novo plano de compra de títulos públicos, criticado na Alemanha, para ajudar a zona do euro.

"Ainda não está definido como será a intervenção do BCE, o que faz parte da independência do BCE, nem estão definidas quais serão as condições estabelecidas", advertiu Guindos.

O ministro recordou que o BCE "atuou em algumas ocasiões, há um ano aproximadamente, no mercado secundário e a crítica fundamental é que os governos, então, quando a dívida foi comprada, relaxaram nos esforços de redução do déficit público e de reformas".

"E de algum modo é o que se tenta evitar atualmente", completou.

"O compromisso do governo cumprir 6,3% (depois de 8,9% em 2011) de déficit este ano é muito intenso, muito elevado", afirmou a respeito.

"E é a prioridade número um que temos neste momento do ponto de vista da política econômica", destacou o ministro.

A pressão é muito forte sobre a Espanha, quarta economia da zona do euro, para que solicite um resgate financeiro do BCE, ante os pesados vencimentos da dívida que enfrentará em outubro.

Na mesma entrevista, o ministro afirmou que uma injeção de recursos públicos no Bankia, nacionalizado e que passa por grandes dificuldades, deve ser anunciada nas próximas horas.

O aporte esperado pelo fundo público no banco é de entre quatro e cinco bilhões de euros, para cobrir o prejuízo líquido semestral de € 4,45 bilhões divulgado na sexta-feira.

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Madri - O ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, afirmou nesta segunda-feira que o Banco Central Europeu (BCE) - que tem uma reunião muito esperada na quinta-feira - "atuará em consequência" diante da crise do euro, reafirmando o compromisso da Espanha de reduzir o déficit.

Em agosto, o BCE afirmou que "poderia intervir no mercado secundário" comprando dívida dos países mais frágeis da Eurozona, como Espanha e Itália, recordou o ministro em entrevista à rádio Onda Cero.

"Isto é o que será elucidado nas próximas semanas", completou, antes de recordar que esta semana acontecerá uma reunião do conselho de ministros do BCE.

"Acredito que o BCE sabe perfeitamente qual é a problemática do euro e atuará em consequência. O governo espanhol respeita absolutamente sua independência", disse Guindos.

As expectativas despertadas pela reunião de quinta-feira são enormes. Muitos esperam que o presidente do BCE, Mario Draghi, revele as linhas de um novo plano de compra de títulos públicos, criticado na Alemanha, para ajudar a zona do euro.

"Ainda não está definido como será a intervenção do BCE, o que faz parte da independência do BCE, nem estão definidas quais serão as condições estabelecidas", advertiu Guindos.

O ministro recordou que o BCE "atuou em algumas ocasiões, há um ano aproximadamente, no mercado secundário e a crítica fundamental é que os governos, então, quando a dívida foi comprada, relaxaram nos esforços de redução do déficit público e de reformas".

"E de algum modo é o que se tenta evitar atualmente", completou.

"O compromisso do governo cumprir 6,3% (depois de 8,9% em 2011) de déficit este ano é muito intenso, muito elevado", afirmou a respeito.

"E é a prioridade número um que temos neste momento do ponto de vista da política econômica", destacou o ministro.

A pressão é muito forte sobre a Espanha, quarta economia da zona do euro, para que solicite um resgate financeiro do BCE, ante os pesados vencimentos da dívida que enfrentará em outubro.

Na mesma entrevista, o ministro afirmou que uma injeção de recursos públicos no Bankia, nacionalizado e que passa por grandes dificuldades, deve ser anunciada nas próximas horas.

O aporte esperado pelo fundo público no banco é de entre quatro e cinco bilhões de euros, para cobrir o prejuízo líquido semestral de € 4,45 bilhões divulgado na sexta-feira.

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