Economia

Para BC, recessão deve compensar alta do dólar nos preços

Segundo o BC, “o cenário recessivo da atividade econômica deve contribuir para a redução da trajetória da inflação de preços livres”


	Dólar: o BC avalia que – com a economia em queda – o repasse do câmbio para a inflação deva ser menor
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Dólar: o BC avalia que – com a economia em queda – o repasse do câmbio para a inflação deva ser menor (.)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2015 às 10h01.

A recessão econômica deve compensar o impacto da alta do dólar nos preços, segundo avaliação do Banco Central (BC), divulgada no Relatório de Inflação, hoje (24).

Segundo o BC, “o cenário recessivo da atividade econômica deve contribuir para a redução da trajetória da inflação de preços livres”, neste ano, e compensar o impacto dos choques cambiais.

O BC também cita como fatores de compensação as perspectivas mais fracas para a economia em 2016, o atual nível de estoques de produtos e o melhoras nos preços de commodities (produtos primários com cotação internacional) e a taxa básica de juros, a Selic, elevada por sete vezes seguidas.

O dólar está em alta nos últimos dias. A moeda mais cara afeta a inflação porque torna produtos importados mais caros. Mas o BC avalia que – com a economia em queda – esse repasse do câmbio para a inflação deva ser menor. Ontem, o dólar comercial fechou o dia cotado em patamar recorde de R$ 4,146.

No relatório, o BC também avalia que, “depois de um período necessário de ajustes, que pode ser mais intenso e mais longo que o antecipado, o ritmo de atividade tende a se intensificar”. Para que isso aconteça, o BC destaca que é preciso melhorar a confiança das empresas e famílias.

O BC também considera que, no médio prazo, o consumo tende a crescer em ritmo menos intenso e os investimentos devem ganhar impulso.

No cenário externo, o BC avalia que o crescimento da economia global, mesmo moderado, combinado com a alta do dólar, deve levar ao reequilíbrio das contas externas e ao crescimento sustentável da economia brasileira.

O BC também destaca que, “em prazos mais longos, emergem perspectivas mais favoráveis à competitividade da indústria e da agropecuária”. O setor de serviços, por sua vez, "tende a crescer a taxas menores do que as registradas em anos recentes”, avalia o BC.

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