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Para analistas, exterior e conta petróleo ajudam balança

Para analista da Gradual Investimentos, recorde de exportações para os meses de julho é consequência direta do cenário econômico melhor em todo o mundo

Dinheiro: a Tendências prevê um superávit comercial de US$ 3 bilhões este ano (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 17h21.

São Paulo - O superávit comercial de US$ 1,575 bilhão em julho indica que o cenário econômico global está de fato um pouco melhor, como tem afirmado o Banco Central em seus relatórios, e que o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre pode apresentar resultados mais animadores.

A avaliação é do economista-chefe da Gradual Investimentos , André Perfeito, ao comentar o resultado da balança comercial do mês passado, divulgado nesta sexta-feira, 01, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

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O analista afirma que o recorde de exportações para os meses de julho (US$ 23,025 bilhões) é consequência direta desse cenário econômico melhor em todo o mundo.

"O terceiro trimestre começa com o pé direito com esse resultado", afirmou Perfeito, que esperava um resultado positivo, mas menor: US$ 710 milhões.

O economista destaca que, como as exportações têm grande peso entre os componentes do PIB brasileiro, os resultados positivos da balança comercial de julho indicam que a economia brasileira pode crescer mais do que o esperado no terceiro trimestre.

A projeção dele é de que o PIB de julho a setembro deve crescer 0,5%, na margem.

Melhora da conta de petróleo

Segundo o economista Bruno Lavieri, da Tendências, o superávit de US$ 1,575 bilhão na balança comercial brasileira em julho pode ser atribuído ao bom desempenho da conta petróleo.

"Houve um bom arrefecimento das importações de combustíveis e lubrificantes, enquanto as exportações de petróleo bruto subiram", comentou, salientando que a contabilização da exportação de uma plataforma de petróleo, no valor de US$ 866 milhões, também ajudou.

"Se não fosse a desaceleração econômica, as importações teriam subido muito mais. O ambiente doméstico contribui para uma pressão menor sobre as importações", comenta Lavieri.

Segundo ele, as importações já desaceleraram bastante nos últimos meses e não devem perder muito mais fôlego até o fim do ano.

Já as exportações não têm muito espaço para subir, pois o escoamento da safra agrícola está no auge e os preços das commodities não estão bons.

A Tendências prevê um superávit comercial de US$ 3 bilhões este ano, um pouco melhor que o saldo positivo de US$ 2,6 bilhões registrado no ano passado.

"No mesmo período do ano passado, nós estávamos com um déficit de quase US$ 5 bilhões, e agora estamos com saldo negativo de US$ 900 milhões. O que nós prevemos é uma continuidade dessa melhora marginal até o fim do ano", explica.

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