Economia

Países deveriam poder deixar zona do euro, diz Rutte

Postura do primeiro-ministro holandês contraria a de outras autoridades como Mario Draghi, do BCE, que afirmou que o euro é "irreversível"


	Mark Rutte:para o primeiro-ministro holandês, a União Europeia deveria ser mais receptiva a iniciativas de países que não integram a zona do euro, mas estão comprometidos com o crescimento, como a Suécia e a Dinamarca
 (Valerie Kuypers/AFP)

Mark Rutte:para o primeiro-ministro holandês, a União Europeia deveria ser mais receptiva a iniciativas de países que não integram a zona do euro, mas estão comprometidos com o crescimento, como a Suécia e a Dinamarca (Valerie Kuypers/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Davos - O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, disse nesta quinta-feira que a zona do euro deveria garantir que fosse possível a saída de membros do bloco, se necessário. Durante um painel no Fórum Econômico Mundial, na cidade suíça de Davos, ele afirmou, entretanto, que o objetivo da união monetária deveria ser se manter intacta.

Os comentários de Rutte parecem contrariar a posição oficial de autoridades e instituições da zona do euro. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, é um dos que insistem que o euro é "irreversível".

A Holanda tem sido uma das maiores aliadas da Alemanha nos pacotes de resgate baseados em projetos de reformas e austeridade.

Na sua fala hoje, Rutte argumentou que a zona do euro deveria ser mais receptiva a iniciativas de membros da União Europeia que não estão no bloco que usa a moeda comum, como Suécia, Dinamarca e Reino Unido. Segundo ele, esses países estão todos comprometidos com a promoção do crescimento, o que deveria ser a prioridade da Europa.

Falando no mesmo painel, o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, reconheceu que é certo oferecer às pessoas uma opção de deixar a zona do euro, já que isso limita a probabilidade de algum país fazer o restante do bloco de "refém". As informações são da Dow Jones.

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