Economia

Países árabes descartam intervenção estrangeira na Síria

Atualmente, uma missão de observadores enviada pela Liga Árabe está no país para exigir o fim da violência

Liga Árabe: apesar da presença de observadores, a violência não cessa na Síria, onde mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão do governo (YouTube/AFP)

Liga Árabe: apesar da presença de observadores, a violência não cessa na Síria, onde mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão do governo (YouTube/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 09h26.

Cairo - Os países árabes são favoráveis a prolongar a missão de observadores enviada pela Liga Árabe à Síria e por enquanto descartam apoiar uma intervenção militar estrangeira, informou nesta sexta-feira à Agência Efe uma fonte desta organização.

Segundo a fonte, que pediu anonimato, quase todos os países árabes concordam em estender a missão e emitir um documento para pedir às autoridades sírias que garantam a segurança dos observadores e cumpram a iniciativa árabe, que estipula, entre outros pontos, o fim da violência.

Está previsto que neste domingo sejam realizadas duas reuniões: uma do grupo de contato da Liga Árabe sobre a Síria e outra dos ministros das Relações Exteriores dos países árabes.

Em ambos os encontros, os responsáveis estudarão o relatório apresentado pelo chefe da missão, o sudanês Mohammed Ahmad Mustafa al-Dabi, que reúne as conclusões dos observadores enviados durante o último mês à Síria para verificar o cumprimento do plano árabe de solução à crise.

A fonte consultada destacou que alguns países árabes são a favor de elevar a questão síria à escala internacional, mas consideram que não é o momento oportuno para fazê-lo, visto que os grandes Estados e a Otan não estão dispostos a se envolver em uma intervenção militar.

Outras partes, no entanto, rejeitam qualquer intervenção militar pelo temor de que a Síria não suporte as graves consequências de uma guerra, acrescentou a fonte.

Apesar da presença de observadores árabes, a violência não cessa na Síria, onde mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão do governo desde que começaram os protestos em março, segundo os últimos números das Nações Unidas, apesar do regime responsabilizar grupos terroristas do ocorrido. 

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