Economia

País será menos desigual em 2022, diz ministro

Samuel Pinheiro Guimarães, ministro de Assuntos Estratégicos, defendeu o Plano Brasil 2022, e disse que miséria será eliminada

O chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, apresenta o Plano Brasil 2022 (.)

O chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, apresenta o Plano Brasil 2022 (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O Brasil será "um país melhor de se viver" em 2022, quando vai comemorar 200 anos de independência. A previsão é do ministro de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, que participou hoje (24) do programa Bom Dia, Ministro, transmitido de Brasília, ao vivo, em sinal aberto pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para emissoras de rádio de todo o país.

Segundo Pinheiro Guimarães, o país será, daqui a 12 anos, menos desigual e terá eliminado a miséria. Conforme prevê o Plano Brasil 2022, o fim da pobreza extrema se dará, entre outras formas, pela inclusão educacional: a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar, em horário integral, para crianças e adolescentes de de 4 a 17 anos.

O ministro disse às emissoras de rádio que o ensino integral retira as crianças da rua, diminui a "exposição excessiva" à TV comercial, à internet e ao vídeo-game e reduz a vulnerabilidade dos jovens à violência. A universalização se dará com a melhoria da qualidade do ensino, a ser equiparada à dos países desenvolvidos, e com o aumento da população universitária para 10 milhões de pessoas, cerca do dobro atual.

A melhoria do perfil educacional é estratégica para Pinheiro Guimarães, que imagina que o país precisará, por exemplo, triplicar o número de engenheiros civis formados. "Para cada R$ 1 milhão investidos, é preciso um engenheiro", calculou o ministro.

O plano tem diversas metas que vão demandar investimentos em infraestrutura, como dobrar o consumo per capita de energia, metade fornecida por fontes renováveis (como hidrelétricas) além de quatro novas usinas nucleares. Para o ministro de Assuntos Estratégicos, o país precisa aumentar o conhecimento geológico sobre as riquezas minerais e mapear em 12 anos 60% do território da Amazônia e 100% do restante do território nacional.


O Plano Brasil 2022 prevê crescimento econômico anual de 7%. Para Pinheiro Guimarães, essa é a "taxa necessária para reduzir a distância do Brasil com os países desenvolvidos". O ministro acredita que a meta será cumprida por meio de investimentos estrangeiros e nacionais, inclusive para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016.

As metas para o Plano Brasil 2022, apresentadas em abril, ainda estão em processo de consulta e elaboração. A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) enviou o plano para 20 mil entidades da sociedade civil, para os ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes da República (José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso).

Samuel Pinheiro Guimarães informou que qualquer pessoa pode entrar no site da SAE, acessar o Plano Brasil 2022 e fazer sugestões e comentários. O ministro disse às rádios que vai sugerir ao presidente Lula que o plano seja encaminhado após as consultas, para aprovação no Congresso Nacional. "Não é um plano deste governo, mas um plano de Estado, do Brasil", disse o ministro, informando que o documento será útil para a elaboração de futuros planos plurianuais e para a elaboração dos orçamentos federais.


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