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País quer estrangeiro disputando infraestrutura, diz EPL

Governo brasileiro pretende fornecer garantias a investidores estrangeiros para que uma série de grandes projetos de infraestrutura sejam concluídos

Infraestrutura brasileira tem muitos desafios pela frente (Mario Rodrigues/Veja SP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 18h55.

Brasília - O presidente da nova estatal Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, afirmou na sexta-feira que o governo brasileiro pretende fornecer garantias a investidores estrangeiros para que uma série de grandes projetos de infraestrutura sejam concluídos.

"Nós queremos uma ampla participação de construtoras estrangeiras para garantir um ambiente competitivo", disse Figueiredo em uma entrevista a jornalistas estrangeiros. A criação da EPL foi anunciada pelo governo este mês, para gerir concessões e parcerias público-privadas para mais de 20 projetos em todo o País. Além de ferrovias e rodovias, a companhia vai gerenciar projetos de portos, aeroportos e hidrovias.

Segundo Figueiredo, os novos projetos de portos e aeroportos serão anunciados no mês que vem, incluindo planos para aeroportos de pequeno e médio porte. De acordo com ele, as garantias financeiras para os projetos já anunciados, estimados em R$ 133 bilhões nos próximos 25 anos, serão fornecidas por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com apoio do Tesouro Nacional. Os empréstimos serão feitos com base na taxa de juros de longo prazo (TJLP), acrescida de 1,5 ponto porcentual.


Conforme o presidente da EPL, com as garantias, o Brasil espera interromper o histórico de atrair um baixo interesse internacional nos projetos de infraestrutura. "No passado, o principal obstáculo para atrair o investimento estrangeiro era o 'risco de demanda'. Com o novo plano, se a renda com as operações não compensar os custos de construção, o governo vai cobri-los", afirmou.

Entre os projetos na lista da nova estatal está o trem de alta velocidade entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo Figueiredo, a licitação para a construção da linha vai começar em 2014, com a previsão de que o trem entre em operação em 2020. A fabricação dos vagões para o trem e seu operador, enquanto isso, serão escolhidos em maio do ano que vem.

O presidente da EPL informou que empresas da Alemanha, França, Itália, Coreia do Sul e Japão parecem cumprir as exigências para participar da licitação para escolher o operador do trem de alta velocidade. Já empresas chinesas talvez não possam participar da disputa, devido a exigências maiores de segurança e experiência impostas pelo governo. "Nós queremos operadores testados, que tenham condições de participar."

Para evitar potenciais atrasos devido a regulamentações ambientais, Figueiredo afirma que a EPL vai buscar um maior envolvimento com as autoridades da área durante os estágios de planejamento. As informações são da Dow Jones.

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Brasília - O presidente da nova estatal Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, afirmou na sexta-feira que o governo brasileiro pretende fornecer garantias a investidores estrangeiros para que uma série de grandes projetos de infraestrutura sejam concluídos.

"Nós queremos uma ampla participação de construtoras estrangeiras para garantir um ambiente competitivo", disse Figueiredo em uma entrevista a jornalistas estrangeiros. A criação da EPL foi anunciada pelo governo este mês, para gerir concessões e parcerias público-privadas para mais de 20 projetos em todo o País. Além de ferrovias e rodovias, a companhia vai gerenciar projetos de portos, aeroportos e hidrovias.

Segundo Figueiredo, os novos projetos de portos e aeroportos serão anunciados no mês que vem, incluindo planos para aeroportos de pequeno e médio porte. De acordo com ele, as garantias financeiras para os projetos já anunciados, estimados em R$ 133 bilhões nos próximos 25 anos, serão fornecidas por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com apoio do Tesouro Nacional. Os empréstimos serão feitos com base na taxa de juros de longo prazo (TJLP), acrescida de 1,5 ponto porcentual.


Conforme o presidente da EPL, com as garantias, o Brasil espera interromper o histórico de atrair um baixo interesse internacional nos projetos de infraestrutura. "No passado, o principal obstáculo para atrair o investimento estrangeiro era o 'risco de demanda'. Com o novo plano, se a renda com as operações não compensar os custos de construção, o governo vai cobri-los", afirmou.

Entre os projetos na lista da nova estatal está o trem de alta velocidade entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo Figueiredo, a licitação para a construção da linha vai começar em 2014, com a previsão de que o trem entre em operação em 2020. A fabricação dos vagões para o trem e seu operador, enquanto isso, serão escolhidos em maio do ano que vem.

O presidente da EPL informou que empresas da Alemanha, França, Itália, Coreia do Sul e Japão parecem cumprir as exigências para participar da licitação para escolher o operador do trem de alta velocidade. Já empresas chinesas talvez não possam participar da disputa, devido a exigências maiores de segurança e experiência impostas pelo governo. "Nós queremos operadores testados, que tenham condições de participar."

Para evitar potenciais atrasos devido a regulamentações ambientais, Figueiredo afirma que a EPL vai buscar um maior envolvimento com as autoridades da área durante os estágios de planejamento. As informações são da Dow Jones.

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