Economia

Padilha diz que semana que vem deverá sair comunicado sobre cessão onerosa

Ministro da Casa Civil disse que governo e Petrobras só terão condições de falar sobre os termos da revisão do contrato de cessão onerosa na próxima semana

Eliseu Padilha: "Mas, infelizmente, não posso antecipar nada porque acabo prejudicando o trabalho do grupo de trabalho" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eliseu Padilha: "Mas, infelizmente, não posso antecipar nada porque acabo prejudicando o trabalho do grupo de trabalho" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de maio de 2018 às 16h44.

Brasília - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quinta-feira, 17, que governo e Petrobras só terão condições de falar sobre os termos da revisão do contrato de cessão onerosa na próxima semana.

Em entrevista a jornalistas de agências internacionais, Padilha destacou que os trabalhos da comissão criada para tratar do tema estão avançados, mas que ainda não foram concluídos.

"Devo dizer que os trabalhos do grupo que reúne os interesses da Petrobras e do governo estão bastante avançados, avançaram muito, nós temos poucos tópicos a serem ainda elucidados", disse. "Mas, infelizmente, não posso antecipar nada porque acabo prejudicando o trabalho do grupo de trabalho e o sigilo que deve ser mantido com relação a esse tópico", acrescentou.

O prazo formal para a conclusão das negociações no âmbito da comissão termina nesta quinta-feira. No entanto, Padilha destacou que o posicionamento do grupo sobre o tema só será mesmo definido na próxima semana.

"Na semana que vem, o grupo de trabalho deve ter concluído o que seja a sua posição e, aí, sim, nós poderemos fazer um comunicado conjunto, Petrobras e governo, para comunicarmos à sociedade e ao mercado quais foram as conclusões quanto à cessão onerosa", afirmou. "Temos todo o interesse de manter todos informados. Na próxima semana, nós teremos condições de dar as informações", reforçou.

O relatório final da comissão ainda terá que ser submetido ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), ao Conselho de Administração da Petrobras e ao comitê de acionistas minoritários da estatal.

Embora a comissão de negociação seja técnica, foi o próprio governo que criou a expectativa de um anúncio nesta quinta-feira, quando termina o prazo de funcionamento do grupo de trabalho.

PIB

Na entrevista aos jornalistas estrangeiros, Padilha ainda disse que o governo trabalha com uma previsão "conservadora" para a alta do PIB, ficando perto de 2,5% e não precisamente em 3%, como inicialmente estimado.

"Nesse primeiro trimestre, não tivemos o crescimento esperado e nós do governo, de forma conservadora, estamos mantendo uma posição que tínhamos lá no final do ano passado, início do ano. Nossa previsão é que o PIB fique entre 2,5% e 3%", disse. "Hoje, se a análise fosse feita hoje, nós teríamos uma tendência de uma projeção mais para a direção dos 2,5%, mas ainda há casas falando em 2,7%, 2,8%. Nós do governo, preferimos não trabalhar com números superiores a 2,5%."

Antes de abrir para perguntas, Padilha fez um balanço dos dois anos do governo Temer. Segundo o ministro, muita coisa foi feita nesse período. Ele destacou como conquistas as reformas trabalhista e do Ensino Médio.

Acompanhe tudo sobre:Eliseu PadilhaPetrobras

Mais de Economia

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados