Economia

Padilha: Desconto de R$ 0,46 no diesel deve chegar a bombas no fim do mês

Ministro disse que, no momento, governo consegue garantir apenas R$ 0,41 de desconto no posto que já renovou estoque

Eliseu Padilha: "Do dia 16 de junho em diante, já começa a pegar a projeção dos preços reduzidos agora do dia 1º a 15 de junho" (Adriano Machado/Reuters)

Eliseu Padilha: "Do dia 16 de junho em diante, já começa a pegar a projeção dos preços reduzidos agora do dia 1º a 15 de junho" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de junho de 2018 às 15h59.

Brasília - O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) voltou a afirmar nesta quinta-feira, 7, que o desconto de R$ 0,46 no preço do óleo diesel, que faz parte do acordo do governo com os caminhoneiros, deve chegar às bombas no final do mês de junho.

"Do dia 16 de junho em diante, já começa a pegar a projeção dos preços reduzidos agora do dia 1º a 15 de junho. E do dia 16 a 30 de junho já vai ter uma nova projeção e, aí sim, presumo, todos os postos estarão com os 46 centavos na bomba", disse Padilha em reunião da Associação Brasileira de Imprensas Oficiais.

Ele justificou que, no momento, o governo consegue garantir apenas R$ 0,41 de desconto no posto que já renovou estoque porque há adição de 10% de biodiesel na composição, que é mais caro.

Os outros R$ 0,05 de desconto prometidos aos caminhoneiros serão incluídos no preço com base no valor do ICMS cobrado pelos Estados, que, segundo o ministro, é reajustado quinzenalmente.

O ministro reiterou que o governo vai cumprir o acordo firmado com os caminhoneiros, mas há um "processo em andamento" até o desconto chegar "na ponta". Ele afirmou também que a nova tabela de preços mínimos para fretes será publicada apenas para corrigir imprecisões e erros identificados pelos próprios caminhoneiros.

"O ministro dos Transportes junto com Agência Nacional dos Transportes (ANTT), a agência que é encarregada de fazer esses cálculos, disse que esses equívocos vão ser corrigidos. É o que vai acontecer, eles deverão, no menor prazo possível deverão, já publicar uma nova tabela corrigindo os equívocos verificados", disse.

Padilha negou que o governo esteja discutindo mudanças na política de preços da Petrobras para todos os combustíveis. Segundo ele, o debate da Agência Nacional de Petróleo (ANP) é sobre a "periodicidade" dos reajustes. "Vimos que a ANP vai exercitar sua competência de disciplinar o mercado nacional e está na perspectiva dessa disciplina que também avalie a periodicidade para o reajuste dos combustíveis. Periodicidade, não está se falando aqui em alteração da política de preço da Petrobras", ressaltou.

A ANP aprovou a abertura de uma consulta pública para discutir a periodicidade do repasse dos reajustes dos preços dos combustíveis. O órgão vai colher sugestões entre 11 de junho e 2 de julho.

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