Economia

Otimismo no mercado de trabalho tem maior nível desde 2014

Na avaliação dos economistas da FGV, o resultado de junho sinaliza “uma tendência de arrefecimento das taxas negativas de emprego"


	Emprego: na avaliação dos economistas da FGV, o resultado de junho sinaliza “uma tendência de arrefecimento das taxas negativas de emprego"
 (Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

Emprego: na avaliação dos economistas da FGV, o resultado de junho sinaliza “uma tendência de arrefecimento das taxas negativas de emprego" (Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2016 às 12h16.

Rio de Janeiro - O otimismo do mercado de trabalho determinou que o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subisse 2,8 pontos em junho deste ano, comparativamente a maio, alcançando 82,2 pontos, o maior nível desde os 83 pontos registrados em abril de 2014.

Os dados fazem parte da pesquisa Indicadores do Mercado de Trabalho, divulgada hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Na avaliação dos economistas da FGV, o resultado de junho sinaliza “uma tendência de arrefecimento das taxas negativas de evolução do total de pessoal ocupado na economia brasileira durante os próximos meses.”

Como reflexo do melhor otimismo em relação aos indicadores relativos ao mercado de trabalho, os dados da pesquisa mostram o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuando 1,9 ponto em junho, para 97,6 pontos, após subir 3,9 pontos em maio, retornando ao nível de outubro do ano passado.

Para o economista Itaiguara Bezerra, da FGV, o mercado de trabalho começa a dar sinais de atenuação do ritmo de queda do emprego.

“A evolução dos Indicadores de Mercado de Trabalho nos últimos meses vem sinalizando que as empresas estão calibrando o ritmo de ajuste de seus efetivos de mão de obra, um movimento em consonância com os resultados mais recentes das pesquisas quantitativas, que começam a mostrar uma atenuação do ritmo de queda do emprego”, disse.

Destaques

Os dados da FGV indicam que houve melhora tanto no Indicador Antecedente de Emprego quanto no Indicador Coincidente de Desemprego, de maio para junho.

Os componentes que mais contribuíram para a alta do Indicador Antecedente de Desemprego, em junho, foram os que medem o ímpeto de contratações nos próximos três meses e a situação dos negócios para os próximos seis meses, ambos da Sondagem de Indústria, que variaram, respectivamente, 8,7 e 7,6 pontos.

Já no Indicador Coincidente de Desemprego contou com a contribuição positiva dos consumidores de todas as classes de renda, com destaque a dos que têm renda mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil, cujo indicador de percepção de facilidade de se conseguir emprego (invertido) recuou 4,9 pontos.

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