Economia

Oscilações e alta do dólar são fatores de risco, diz BC

Comitê de Política Monetária do Banco Central destacou a maior volatilidade e a tendência de apreciação do dólar como fatores de risco para a inflação


	Câmbio: homem segura notas de dólar e real: BC pondera que evidências apontam a “hipótese” de redução da influência do aumento da cotação do dólar na inflação, segundo relatório divulgado hoje
 (REUTERS/Gregg Newton)

Câmbio: homem segura notas de dólar e real: BC pondera que evidências apontam a “hipótese” de redução da influência do aumento da cotação do dólar na inflação, segundo relatório divulgado hoje (REUTERS/Gregg Newton)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 10h36.

Brasília – O Banco Central (BC) considera como fator de risco para a inflação as oscilações recentes e a tendência de alta do dólar. A informação está no Relatório de Inflação, divulgado hoje (27).

“O Copom [Comitê de Política Monetária do BC] destaca como fator de risco a maior volatilidade e a tendência de apreciação do dólar dos Estados Unidos”, diz o relatório.

Entretanto, o BC pondera que evidências apontam a “hipótese” de redução da influência do aumento da cotação do dólar na inflação. Além disso, o BC avalia que esse repasse “tende a ser suavizado” pelo ciclo de aumento da taxa básica de juros, a Selic.

O BC elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, em abril, e intensificou o ajuste em maio, quando os juros básicos subiram 0,5 ponto percentual para 8% ao ano.

A Selic é usada como instrumento para calibrar a inflação, em alta no país. A previsão do BC é que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerre este ano em 6%.

Recentemente, o governo adotou uma série de medidas para conter a alta do dólar. Além disso, o BC tem feito leilões de venda de dólares no mercado futuro para suavizar a alta da moeda.

No relatório, o BC também destaca que “uma fonte relevante de risco para a inflação” está nas expectativas de mais alta dos preços. Para o BC, há uma perspectiva mais ampla da percepção da inflação pelas famílias, empresas e outros agentes da economia. “Em parte, essa piora no sentimento de famílias e firmas se deve à ocorrência de aumentos de preços em segmentos com grande visibilidade, como alimentos, combustíveis e tarifas públicas”, diz o Relatório de Inflação.

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